Campanha "Cartas para Obama" quer levar líder a Hiroshima

Cidade foi devastada pela bomba atômica lançada pelos americanos no fim da Segunda Guerra Mundial; amanhã serão lembrados os 69 anos da tragédia

5 ago 2014 - 03h16
(atualizado às 03h29)
Mensagens serão recolhidas perto da Cúpula da Bomba Atômica no Parque da Paz da cidade, onde amanhã serão lembrados os 69 anos da tragédia
Mensagens serão recolhidas perto da Cúpula da Bomba Atômica no Parque da Paz da cidade, onde amanhã serão lembrados os 69 anos da tragédia
Foto: Kimimasa Mayama / EFE

A campanha "Cartas para Obama" teve início nesta terça-feira na cidade de Hiroshima, no Japão, para fazer com que o presidente dos Estados Unidos visite em breve este município que ficou devastado pela bomba atômica lançada pelos americanos no fim da Segunda Guerra Mundial.

Os voluntários que participam dessa iniciativa liderada pela rede de televisão local Hiroshima Telecasting começarão a recolher mensagens de cidadãos e visitantes perto da chamada Cúpula da Bomba Atômica no Parque da Paz da cidade, onde amanhã serão lembrados os 69 anos da tragédia.

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Lançada sobre o centro de Hiroshima na manhã de 6 de agosto de 1945, estima-se que a bomba matou, de forma imediata, 80 mil pessoas. Já no fim de 1945, acredita-se que os mortos chegaram a cerca de 140 mil e que muito mais gente acabou morrendo depois pelos efeitos da radiação.

Cada mensagem que for escrita na campanha será remitida ao presidente americano, Barack Obama, para que ele visite a cidade.

"O presidente Obama tem uma grande influência sobre o mundo. Se ele transmitir uma mensagem favorável à erradicação das armas nucleares em um lugar que foi bombardeado, acreditamos que não é impossível tornar realidade um mundo sem armas atômicas", diz a campanha.O papel onde cada mensagem é escrita é reciclado e foi anteriormente utilizado para a confecção de garças através da técnica japonesa do "origami".

A cada ano, o Parque da Paz da cidade recebe cerca de 10 milhões de garças de papel de todos os cantos do mundo em homenagem a Sadako Sazaki, uma menina que se transformou no símbolo do horror atômico.

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Sazaki comoveu o mundo em sua tentativa de fazer mil garças de papel antes de morrer de leucemia em 1955 - uma década depois do lançamento da bomba - quando tinha apenas 12 anos. A menina tentava tornar realidade uma lenda japonesa que garante que aquele que fizer mil garças de papel terá um desejo realizado por uma das aves, um animal sagrado na tradição japonesa.

Os responsáveis pela iniciativa das cartas insistem que não se trata de exigir um pedido de desculpas ou de jogar na cara dos Estados Unidos a tragédia, mas sim de transmitir uma mensagem "proativa e positiva que diga: 'Por favor, veja como Hiroshima foi reconstruída até hoje. Vamos buscar uma maneira de construir uma paz duradoura'".

Os voluntários que participam dessa iniciativa liderada pela rede de televisão local Hiroshima Telecasting começarão a recolher mensagens de cidadãos e visitantes perto da chamada Cúpula da Bomba Atômica no Parque da Paz da cidade, onde amanhã serão lembrados os 69 anos da tragédia.

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