Casa Branca pede que investidores não comprem armas russas

Os EUA advertiram que a decisão de incorporação da Crimeia terá grandes impactos na economia da Rússia

18 mar 2014 - 21h23
<p>O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, informou que as sanções à Rússia terão grande impacto na economia do país</p>
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, informou que as sanções à Rússia terão grande impacto na economia do país
Foto: AP

Em uma iniciativa incomum, a Casa Branca recomendou nesta terça-feira que os investidores evitem comprar ações russas, ao mesmo tempo em que esquentava a retórica política com Moscou na disputa depois de a Rússia ter declarado a península ucraniana da Crimeia como parte da Rússia.

"Eu não faria isso, se eu fosse você, investir em ações russas agora, a menos que você esteja com falta", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, meio sorrindo, em uma coletiva de imprensa.

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Enfatizando que os Estados Unidos estavam preparando uma nova rodada de sanções, Carney disse a repórteres que a decisão da Rússia de anexar a Crimeia, terá, a longo prazo, um grande impacto sobre a economia russa.

"Eles também vão incorrer em custos por causa das sanções que nós e a UE impusemos", declarou Carney.

Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram proibições de viagens e congelamento de bens sobre alguns altos funcionários da Rússia e da Ucrânia acusados de envolvimento na tomada pelas tropas russas da península do Mar Negro, cuja maioria dos 2 milhões de habitantes é de etnia russa.

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O mercado de ações da Rússia foi abalado durante a preparação para o referendo do fim de semana na região da Crimeia, na qual os eleitores esmagadoramente disseram que querem se juntar à Rússia.

No entanto, o mercado se recuperou na segunda-feira e ganhou outros 2 por cento na terça-feira enquanto o rublo se valorizou depois que o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Rússia não iria tentar dividir ainda mais a Ucrânia.

Os investidores observaram que as sanções iniciais não tiveram como alvo empresas ou executivos, mas a Casa Branca já sinalizou que uma nova rodada de sanções poderá visar o setor de negócios.

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