O clérigo radical de Londres Abu Hamza al-Masri foi sentenciado à prisão perpétua numa cadeia norte-americana, depois de ter sido condenado por acusações ligadas a terrorismo, incluindo o seu papel no sequestro de turistas ocidentais no Iêmen em 1998, que resultou na morte de quatro reféns.
A juíza Katherine Forrest em Manhattan deu a sentença a Hamza, que não tem um dos olhos e uma mão, a quem os jurados haviam considerado culpado em maio passado por fornecer um telefone por satélite e orientação aos sequestradores.
Ele também foi condenado por enviar dois seguidores ao Oregon para estabelecer um campo de treinamento militante e por mandar um associado ao Afeganistão para ajudar a Al Qaeda e o Taliban.
"Você não expressou simpatia ou remorso”, disse a juíza a Abu Hamza, acrescentando que somente a prisão perpétua asseguraria que ele nunca mais viesse a estimular a violência contra inocentes.
Antes de sentenciado, ele disse: “Eu ainda mantenho que sou inocente”.
Abu Hamza, 56 anos, ganhou notoriedade pelos sermões radicais na Mesquita de Finsbury Park, em Londres, que segundo autoridades norte-americanas e britânicas, ajudaram a inspirar uma geração de extremistas.