Com menos crianças centro-americanas chegando pela fronteira sul dos Estados Unidos ilegalmente, o governo de Barack Obama decidiu fechar os abrigos de emergência que tinha estabelecido em bases militares em diferentes pontos do país para alojá-los, informou nesta segunda-feira o Departamento de Saúde e Serviços Humanos. De acordo com o porta-voz do órgão, Kenneth Wolfe, desde o início das operações, em meados de maio, os alojamentos em bases como Fort Sill, em Oklahoma, mantiveram cerca de 7,7 mil crianças e adolescentes.
Fort Sill encerrará seus trabalhos como albergue para imigrantes ilegais na próxima sexta-feira. Já a Base Conjunta de San Antonio e Lackland, no Texas, e a Base Naval Ventura County e Port Hueneme, na Califórnia, encerrarão esse tipo de atividade nas próximas oito semanas.
Desde 1º de outubro do ano passado, as autoridades detiveram cerca de 60 mil crianças, a maior parte de Guatemala, Honduras e El Salvador. Agora, em vez de enviá-las a bases militares, as autoridades as alojarão em albergues menores, acrescentou o porta-voz.
"Há uma incerteza substancial sobre os fluxos futuros de menores desacompanhados", afirmou Wolfe em uma declaração por escrito. "Os três albergues temporários em bases militares poderiam ser reabertos por um tempo limitado caso o número de crianças aumente significativamente", acrescentou.
Wolfe explicou que o tempo médio para colocar os menores com alguma família diminuiu recentemente de 35 para 30 dias. Conforme as leis americanas, quando um menor centro-americano é detido na fronteira ele deve ser transferido ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos em no máximo 72 horas. É este órgão que deve se ocupar deles até que seus parentes sejam localizados ou que famílias possam recebê-los até a resolução do caso.