Polêmicos e-mails de Hillary Clinton são divulgados

Mensagens, redigidas de um serviço de mensagens privado, contêm informações sobre ataque contra o consulado dos EUA na Líbia

22 mai 2015 - 14h48
(atualizado às 15h16)
Hillary Clinton durante evento em universidade Georgetown, em Washington, em 22 de abril
Hillary Clinton durante evento em universidade Georgetown, em Washington, em 22 de abril
Foto: Gary Cameron / Reuters

O Departamento de Estado americano divulgou uma parte das dezenas de milhares de e-mails de sua ex-secretária de Estado e candidata à Casa Branca, Hillary Clinton, que trazem à tona informações sobre um ataque antiamericano em Benghazi, Líbia, em 2012.

Os e-mails de Clinton, da época em que ela comandava a diplomacia americana (janeiro de 2009 - fevereiro de 2013), alimentam há semanas uma polêmica em Washington pelo fato de terem sido redigidos em um serviço de mensagens privado, e não na conta governamental, como exigem as regras.

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A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, disse que foram publicados 296 e-mails, dos mais de 30.000 que passaram por Clinton neste período.

Os e-mails já foram entregues a uma comissão do Congresso que investiga o ataque de 2012 contra a missão dos Estados Unidos em Benghazi, Líbia, na qual morreram o embaixador Christopher Stevens e outros três americanos.

"Estes documentos englobam um período de dois anos entre 1 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2012 e se referem à segurança e aos ataques contra as instalações do consulado em Benghazi e à presença diplomática na Líbia", disse Harf em um comunicado.

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"Os e-mails divulgados hoje não mudam os fatos essenciais nem nossa compreensão dos acontecimentos de antes, durante ou depois dos ataques", acrescentou.

A polêmica começou com a investigação da responsabilidade sobre o ataque. A administração do presidente Barack Obama a atribuiu em um primeiro momento a uma manifestação espontânea de muçulmanos irritados em Benghazi, antes de reconhecer que se tratava de um atentado terrorista islamita.

Um juiz ordenou nesta semana que o Departamento de Estado publicasse imediatamente todos os e-mails, progressivamente, e não de uma vez, a partir de janeiro de 2016, como estava previsto.

Hillary solicitou a sua ex-administração que agisse o mais rápido possível.

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