O Departamento de Estado americano divulgou uma parte das dezenas de milhares de e-mails de sua ex-secretária de Estado e candidata à Casa Branca, Hillary Clinton, que trazem à tona informações sobre um ataque antiamericano em Benghazi, Líbia, em 2012.
Os e-mails de Clinton, da época em que ela comandava a diplomacia americana (janeiro de 2009 - fevereiro de 2013), alimentam há semanas uma polêmica em Washington pelo fato de terem sido redigidos em um serviço de mensagens privado, e não na conta governamental, como exigem as regras.
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A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, disse que foram publicados 296 e-mails, dos mais de 30.000 que passaram por Clinton neste período.
Os e-mails já foram entregues a uma comissão do Congresso que investiga o ataque de 2012 contra a missão dos Estados Unidos em Benghazi, Líbia, na qual morreram o embaixador Christopher Stevens e outros três americanos.
"Estes documentos englobam um período de dois anos entre 1 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2012 e se referem à segurança e aos ataques contra as instalações do consulado em Benghazi e à presença diplomática na Líbia", disse Harf em um comunicado.
"Os e-mails divulgados hoje não mudam os fatos essenciais nem nossa compreensão dos acontecimentos de antes, durante ou depois dos ataques", acrescentou.
A polêmica começou com a investigação da responsabilidade sobre o ataque. A administração do presidente Barack Obama a atribuiu em um primeiro momento a uma manifestação espontânea de muçulmanos irritados em Benghazi, antes de reconhecer que se tratava de um atentado terrorista islamita.
Um juiz ordenou nesta semana que o Departamento de Estado publicasse imediatamente todos os e-mails, progressivamente, e não de uma vez, a partir de janeiro de 2016, como estava previsto.
Hillary solicitou a sua ex-administração que agisse o mais rápido possível.