O jornal The New York Times voltou a defender que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 81 anos, desista da reeleição à Casa Branca. Em editorial publicado na terça-feira, 9, a publicação afirmou que Biden "está passando vergonha e colocando o seu legado em risco" ao manter a candidatura para o pleito de 5 de novembro contra Donald Trump.
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"Eles [democratas] precisam dizer a Biden que ele está passando vergonha e colocando em risco o seu legado", iniciou o editorial.
O jornal pede ainda que os membros dos "mais altos escalões do partido democrata" falem abertamente com Biden para que ele deixe a corrida presidencial. "O partido precisa de um candidato que possa enfrentar Trump. É necessário um candidato que possa apresentar aos americanos uma alternativa convincente à visão sombria de Trump para a América."
Em outro trecho, o texto ressalta que Biden não tem condições de desempenhar simultaneamente o cargo de presidente e os compromissos que uma campanha eleitoral exigem.
"Às vezes, Biden parecia à beira da autoconsciência, como quando disse aos governadores democratas na semana passada que precisava dormir mais, trabalhar menos e evitar eventos públicos depois das 20h. Mas ele resistiu à conclusão óbvia de que um homem que precisa de bater o ponto às 8 não deveria tentar desempenhar simultaneamente dois dos trabalhos mais difíceis e desgastantes do mundo – servir como presidente e concorrer à presidência", diz o texto.
A pressão para que Biden desista da reeleição ganhou força após o debate de 27 de junho —o primeiro do calendário eleitoral. Na ocasião, o presidente se mostrou confuso e sem energia.
Nesta quarta-feira, 10, o ator George Clooney, um importante arrecadador de fundos de Hollywood para os democratas, pediu para que Biden desista de sua candidatura à reeleição.
"É devastador dizer isso", escreveu Clooney no New York Times, ao afirmar que o presidente com quem esteve há três semanas no evento de arrecadação de fundos não era o Joe Biden de 2010. "Ele não era nem mesmo o Joe Biden de 2020. Ele era o mesmo homem que todos nós vimos no debate. Ele estava cansado? Sim. Um resfriado? Talvez. Mas os líderes do nosso partido precisam parar de nos dizer que 51 milhões de pessoas não viram o que vimos", finalizou.