Bill Clinton nega que sua fundação tenha influenciado governo

4 mai 2015 - 15h11
(atualizado às 15h11)

O ex-presidente americano Bill Clinton negou nesta segunda-feira que o dinheiro dos grandes doadores de sua fundação tenha servido para influenciar decisões do governo dos Estados Unidos quando sua esposa, Hillary Clinton, era secretária de Estado.

Em entrevista hoje ao canal "NBC", Clinton garantiu que "não há dúvida que não fizemos, com pleno conhecimento, nada inadequado no que se refere a tomar dinheiro para influenciar políticas do governo americano".

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O ex-presidente, que está em uma viagem pela África, afirmou que não lamenta que a Fundação Clinton tenha recebido importantes somas de dinheiro de doadores estrangeiros, alguns dos quais foram apontados por terem se beneficiado de decisões governamentais.

Em resposta às críticas e diante da campanha de Hillary pela indicação democrata à presidência, a fundação limitou as doações estrangeiras a seis nações ocidentais, excluindo governos do Oriente Médio, criticados por violações de direitos humanos e discriminação da mulher.

Além disso, Hillary Clinton decidiu em abril deixar o conselho de administração da fundação.

Bill Clinton afirmou na entrevista que ele também está disposto a deixar a fundação se sua esposa ganhar as eleições presidenciais de 2016 para evitar especulações sobre influências.

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As críticas contra a Fundação Clinton se intensificaram com a revelação de que o magnata canadense Frank Giustra, membro do conselho da fundação e um de seus principais doadores, se beneficiou de decisões do Departamento de Estado e fez negócios em países aos quais viajou com Bill Clinton.

Parte das doações de Giustra se mantiveram em segredo, o que Bill Clinton afirmou ser devido simplesmente a um erro.

"Agora isso é um problema maior para que aqueles que se apresentam à presidência tomando dinheiro obscuro e secreto", acrescentou o ex-mandatário.

Bill Clinton ressaltou que sua fundação e a Clinton Global Initiative ajudaram 43 milhões de pessoas em 180 países.

Em seu viagem africana, Clinton e sua filha Chelsea visitaram projetos para agricultores na Tanzânia, programas de luta contra a aids na Libéria, e iniciativas para ajudar 10 mil crianças pobres a melhorar sua educação no Quênia.

Bill Clinton também justificou o alto cachê que cobra para dar discursos: "tenho que pagar minhas contas e as doações à fundação todos os anos".

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