Casado com uma norte-americana, Tony Câmara, empresário brasileiro de 51 anos que mora há 22 anos na Flórida, nos Estados Unidos, adquiriu a cidadania e o direito de votar nas eleições do país. Desde 2016, o brasileiro tem a oportunidade de escolher o presidente dos Estados Unidos. "Eu voltei semana passada", revelou em entrevista ao Terra.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Uma peculiaridade do sistema eleitoral norte-americano é que alguns Estados permitem o voto antecipado, mecanismo adotado sob a justificativa de evitar longas filas e tumulto no dia das eleições. Pelo processo antecipado, o eleitor pode mandar seu voto pelo correio, até mesmo do exterior, ou depositá-lo em locais predeterminados em qualquer dia da semana.
No caso de Tony Câmara, o voto foi depositado diretamente no local. “No Brasil, marca um dia e aí você tem que parar para ir votar. Aqui nos Estados Unidos não tem um dia. Aí como é tranquilo, não tem fila, eu fui [votar] dia de semana. Já fui direto do trabalho”, contou o brasileiro, que preferiu votar diretamente em um dos colégios eleitorais.
Segundo relato do brasileiro, os eleitores da Flórida, que votam em sua maioria em Donald Trump, não confiam tanto no voto pelo correio. “O pessoal da Flórida não curte muito, não. Vai todo mundo direto no colégio eleitoral”, disse ele, que revelou que, na rua em que mora, tem alguns vizinhos brasileiros.
O voto pelo correio, no entanto, é bastante utilizado em outros Estados americanos. Preenchendo uma cédula de votação, é possível depositá-la em uma agência, de competência federal, ou em uma das caixas de correspondências espalhadas por cidades.