Cidades próximas, reforço na segurança e rivalidade: Trump e Kamala tentam ganhar votos em Estado essencial nas eleições dos EUA

A reportagem do Terra esteve nos dois eventos dos candidatos a menos de uma semana para o pleito

30 out 2024 - 18h44
(atualizado às 22h04)
Apoiador de Trump ‘se infiltra’ em comício de Kamala e é retirado por seguranças do evento
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Os candidatos à Presidência dos EUA, Donald Trump, do partido Republicano, e Kamala Harris, do Democrata, estiveram a quase uma hora de distância fazendo campanha no Estado da Carolina do Norte nesta quarta-feira, 30.

Não é o que podemos chamar de coincidência, já que a Carolina do Norte é um dos Estados-pêndulo, ou seja, Estados cujos votos não estão definidos como democrata ou republicano. Por conta disso, os candidatos precisam lutar pela preferência desse eleitorado, e quem ganha estará em vantagem no pleito.

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A reportagem do Terra começou o dia em Rocky Mount, onde Trump discursou para apoiadores. Já na entrada, o esquema de segurança rígida era visível. Para estacionar o carro, era preciso passar por uma tenda onde o veículo era todo revistado, do porta-malas até o capô, e um cachorro ainda farejava o automóvel durante o procedimento. Quem chegava a pé, também era revistado. Isso não intimidou os apoiadores, que formaram uma longa fila - que virava a enorme quadra do centro de convenções que recebeu o evento.

Chamou atenção também a quantidade de itens que eram vendidos. Blusas, moletons, coletes, braceletes, pins, bonecos (como um curioso patinho de pelúcia com o rosto do candidato) e, claro, o clássico boné vermelho com os dizeres “Make America great again” (Faça a América grande novamente), um dos slogans mais famosos de Trump. Na barraca mais próxima do evento, esse boné era vendido por 20 dólares (cerca de R$ 115 na cotação de hoje), porém, uma barraca bem mais afastada fazia um negócio melhor: quem pagasse 20 dólares, levava três bonés, mas tinha que andar muito mais.

Foto: Reuters

Questionados pelo Terra, eleitores disseram que queriam votar em Trump porque acreditam que o candidato vai melhorar a economia e também a segurança do país, reforçando as fronteiras, por exemplo. Outros disseram que tudo o que o outro lado diz é mentira. “Eu voto no Trump porque não sou idiota”, disse uma apoiadora.

Esse clima de divisão também foi visto em Raleigh, capital da Carolina do Norte, onde Kamala Harris escolheu fazer o seu discurso.

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Apesar do evento ter sido em um local aberto, no Parque Coastal Credit Union Music, o esquema de segurança também era rígido. Não havia revista pra quem chegava de carro, mas era impossível acessar o local sem passar por seguranças na porta do evento, que checaram o interior de bolsas e mochilas e fizeram revistas físicas. Também foi necessário passar por um detector de metais.

Dentro da estrutura montada no parque para receber a candidata, centenas de pessoas ocuparam as cadeiras e também o gramado mais elevado que permitia uma vista geral do palco.

Kamala discursou atacando Trump, criticando o fato de o candidato querer interferir em decisões reprodutivas das mulheres, por exemplo, e dizendo que vai melhorar as condições econômicas, sendo uma das propostas o corte de impostos.

O evento transcorreu com tranquilidade na maior parte do tempo, entretanto, enquanto Kamala ainda falava, um apoiador de Trump, que estava no meio da multidão, começou a gritar o nome do candidato. Ele foi vaiado e precisou ser retirado do local por seguranças do evento. Uma eleitora de Kamala viu a cena e reclamou: “O que ele está fazendo aqui? Ele tem que ir embora, não é lugar para isso, aqui é só amor”.

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Fonte: Redação Terra
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