Diretora do Serviço Secreto dos EUA admite falha em ataque a tiros contra Trump

"Falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas", afirmou Kimberly Cheatle

22 jul 2024 - 12h01
(atualizado às 12h32)
Diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle
Diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle
Foto: REUTERS

A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, admitiu ao Congresso nesta segunda-feira, 22, que ela e sua agência falharam quando um atirador feriu o candidato presidencial republicano Donald Trump em um comício de campanha em 13 de julho na Pensilvânia.

"Nós falhamos. Como diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, assumo total responsabilidade por qualquer falha de segurança", disse Cheatle, que enfrenta pedidos republicanos para ser removida, em depoimento perante o Comitê de Supervisão da Câmara dos Deputados.

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"A tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em 13 de julho é a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas", declarou Cheatle.

Diante das alegações dos republicanos de que o Serviço Secreto negou recursos para proteger Trump, ela disse que a segurança do ex-presidente aumentou antes do ataque.

"O nível de segurança fornecido ao ex-presidente aumentou bem antes da campanha e tem aumentado constantemente à medida que as ameaças evoluem", afirmou Cheatle. "Nossa missão não é política. É literalmente uma questão de vida ou morte."

A audiência de segunda-feira marcou a primeira rodada de supervisão do Congresso sobre a tentativa de assassinato. Na quarta-feira, o diretor do FBI, Christopher Wray, comparecerá perante o Comitê Judiciário da Câmara. E o presidente da Câmara, Mike Johnson, também deve revelar uma força-tarefa bipartidária para atuar como ponto de ligação para as investigações da Câmara.

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Cheatle tem resistido aos pedidos de demissão dos principais republicanos, incluindo Johnson e o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell.

O ataque a tiros em um comício de campanha ao ar livre em Butler, Pensilvânia, feriu Trump na orelha, matou um participante do comício e feriu outro. O suspeito do tiroteio, Thomas Crooks, de 20 anos, foi morto pela polícia. Não está claro qual foi o motivo do tiroteio.

O incidente irritou parlamentares, que dizem que o suspeito conseguiu chegar ao alcance de Trump no telhado de um prédio próximo devido a falhas de segurança na agência de Cheatle, que é encarregada de proteger presidentes e ex-presidentes.

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