Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos e candidata presidencial em 2016, publicou um artigo de opinião no New York Times nesta terça-feira, 23, onde expressou seu apoio à vice-presidente Kamala Harris. Clinton destacou a experiência de Kamala como procuradora e seu desempenho como vice-presidente, argumentando que ela poderia oferecer uma visão esperançosa e unificadora ao povo americano.
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A política elogiou a decisão do presidente Joe Biden de encerrar sua campanha, chamando-a de um ato de patriotismo puro. Ela afirmou que isso deve servir como um chamado à ação para continuar a luta pela alma da nação. Na opinião de Clinton, as próximas 15 semanas serão politicamente únicas para o país, mas ela acredita que os democratas podem e devem vencer esta corrida.
"Biden fez algo difícil e raro. Servir como presidente era um sonho de vida. E quando finalmente chegou lá, ele foi excepcionalmente bom nisso. Abandonar, aceitar que concluir o trabalho significava passar o bastão, exigiu uma verdadeira clareza moral. O país importava mais. Como alguém que compartilhou esse sonho e teve que fazer as pazes ao deixá-lo ir, sei que isso não foi fácil. Mas foi a coisa certa a fazer", argumentou ela.
No artigo, Clinton também expressou entusiasmo por Kamala Harris, descrevendo-a como uma representante de um novo começo para a política americana, capaz de oferecer uma visão esperançosa e unificadora.
"As eleições são sobre o futuro. Por isso estou animada com a vice-presidente Kamala Harris. Ela representa um novo começo para a política americana. Ela pode oferecer uma visão esperançosa e unificadora. Ela é talentosa, experiente e pronta para ser presidente. E sei que ela pode derrotar Donald Trump", afirmou no artigo de opinião.
A ex-secretária de Estado enfatizou que a escolha nesta eleição é clara: de um lado, há um criminoso condenado que busca retroceder direitos; do outro, uma ex-procuradora experiente e vice-presidente bem-sucedida que acredita nos melhores dias da América. Clinton alertou sobre a enxurrada de desinformação e preconceito que Harris enfrentará e pediu aos eleitores que sejam cautelosos com o que leem, acreditam e compartilham.
Na opinião da política, Kamala enfrentará desafios únicos como a primeira mulher negra e sul-asiática a liderar a chapa de um grande partido. No entanto, Clinton afirmar não temer o progresso. Ela citou sua própria vitória no voto popular em 2016 e a eleição do primeiro presidente negro dos EUA como sinais de mudança. As eleições de meio de mandato de 2022, que mobilizaram eleitoras devido às proibições de aborto e ataques à democracia, também são citadas como um indicativo do potencial para uma onda de apoio.
Com pouco tempo para organizar a campanha, Clinton apontou para exemplos de vitórias recentes em outros países, como o Partido Trabalhista no Reino Unido e uma coalizão de esquerda na França, que conquistaram grandes vitórias em prazos curtos. Kamala, segundo ela, pode se basear em um forte histórico e planos ambiciosos para reduzir custos, implementar leis de segurança de armas e proteger direitos e liberdades.
Clinton ainda destacou as realizações da administração Biden-Kamala. "Biden e Harris lideraram o renascimento dos Estados Unidos depois que Trump se atrapalhou na pandemia e deixou nossa economia em queda livre. Sob a liderança deles, os Estados Unidos criaram mais de 15 milhões de empregos, e o desemprego está perto do nível mais baixo em 50 anos".
Kamala Harris, frequentemente subestimada, está bem preparada para o momento, afirmou Clinton. Ela lembrou a trajetória da vice-presidente como promotora, procuradora-geral e senadora, além de seu papel na administração ao lado de Biden, especialmente na defesa dos direitos reprodutivos após a revogação de Roe vs. Wade.
Clinton também afirmou no artigo que está ansiosa para ver Kamala confrontar Trump e destacar suas falhas como presidente. "Um segundo mandato de Trump seria muito pior do que o primeiro. Os planos de Trump são mais extremos, ele está mais desequilibrado, e as proteções que contiveram alguns de seus piores instintos se foram", destacou.
Por fim, afirmou: "Como amiga e apoiadora de Biden, considero este um momento agridoce. Ele é um homem sábio e decente que serviu bem ao nosso país. Perdemos nosso porta-estandarte e sentiremos falta de sua liderança firme, empatia profunda e espírito combativo. No entanto, também ganhamos muito: uma nova campeã, uma campanha revigorada e um renovado senso de propósito. O tempo de se lamentar acabou. Agora é hora de se organizar, mobilizar e vencer".