A estrela na Calçada da Fama de Hollywood do pré-candidato à indicação do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, amanheceu na última sexta-feira com uma suástica pichada, publicou nesta segunda-feira a imprensa local.
A imagem do símbolo nazista foi apagada pela Câmara de Comércio de Hollywood, a organização encarregada da manutenção da Calçada da Fama, assim que teve conhecimento do ocorrido.
"A Calçada da Fama de Hollywood é uma instituição que celebra as contribuições positivas de seus homenageados", disse em comunicado emitido hoje Leron Gubler, o presidente da entidade.
"Quando as pessoas estão descontentes com um deles, desejaríamos que projetassem sua ira de outras maneiras, e não vandalizando um local emblemático da Califórnia", acrescentou Gubler.
Durante sua campanha, Trump afirmou em várias ocasiões que pretende proibir "temporariamente" a entrada nos EUA de todos os muçulmanos com o argumento de que isso seria uma atitude de "bom senso" e prometeu que, se for eleito presidente, deportará os 11 milhões de imigrantes ilegais que estão no país.
Em seus discursos, Trump prometeu erguer um muro na fronteira com o México, e chamou os imigrantes mexicanos de "estupradores" e "assassinos".
O magnata nova-iorquino também propôs impor um bloqueio "completo e total" à entrada de muçulmanos no país até que as autoridades "averiguem o que está acontecendo", em alusão ao massacre ocorrido no início de dezembro na cidade de San Bernardino, na Califórnia.
Esse massacre, no qual morreram 14 pessoas, foi cometido por um casal que a polícia descobriu que tinha jurado fidelidade ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
Após os atentados terroristas de 13 de novembro em Paris, que deixaram pelo menos 130 mortos, Trump propôs criar uma base de dados para monitorar todos os muçulmanos dos EUA, mas depois acabou se afastando dessa ideia.
