O governador de Nova York, Andrew Cuomo, fez neste domingo um apelo aos dirigente republicanos de seu estado para que retirem o apoio dado ao candidato, Donald Trump, após o escândalo gerado pelos comentários machistas do magnata nova-iorquino.
"Muitos líderes republicanos estão dizendo: 'Não gosto do que ele disse, mas o apoio'. As coisas não funcionam assim na vida real. Se você o apoia, esta contra as mulheres, é simples assim", declarou o político democrata.
Cuomo qualificou de "desrespeitosas", "sexistas" e "depreciativas" as falas de Trump, em um vídeo feito em 2005 e divulgado na última sexta-feira pelo jornal "The Washington Post" e no qual o magnata fazer comentários vulgares e machistas.
Os líderes de maior destaque do Partido Republicano condenaram com firmeza as declarações ofensivas do empresário, e vários legisladores conservadores e históricos nomes do partido pediram para que ele abandonasse a campanha e retiraram o apoio dado até então.
"É preciso deixar a um lado a política. Você é leal ao seu partido ou é leal aos seus valores como nova-iorquino? Não podemos ser as duas coisas ao mesmo tempo", insistiu Cuomo.
"É uma questão de valores, a mensagem que mandamos aos nossos filhos (...) Por isso é importante que nos unamos, que deixemos a política de lado e que digamos que este tipo de comentário não tem vez na nossa sociedade", acrescentou.
Apesar da onda de críticas, Trump, que se viu obrigado a pedir desculpas publicamente, disse que não tem a intenção de abrir mão da candidatura porque está recebendo um apoio "incrível" das pessoas.
Segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo portal "Politico", a grande maioria dos eleitores republicanos, 74%, apoia o candidato, apesar do escândalo do vídeo, frente aos 12% que acreditam que o magnata deveria renunciar.