Hillary Clinton, ex-primeira-dama, ex-senadora e ex-secretária de Estado, é a primeira mulher oficialmente indicada por um grande partido para concorrer à Casa Branca. A confirmação ocorreu na segunda noite da convenção do Partido Democrata, que acontece na Filadélfia, Pensilvânia, onde os delegados de cada estado formalizaram a escolha feita pelo eleitorado durante as prévias do primeiro semestre.
Hillary ultrapassou o número de 2.382 delegados necessário para se tornar candidata, superando o senador por Vermont Bernie Sanders, que após a derrota nas primárias já havia declarado apoio à ex-rival.
A ex-secretária de Estado terá agora a dura tarefa de enfrentar o magnata Donald Trump, candidato do Partido Republicano à Presidência e que tem crescido nas pesquisas nos últimos dias.
Havia mais de um ano que Hillary era considerada franca favorita para vencer as prévias democratas, mas a inesperada ascensão de Sanders causou muitos problemas para sua candidatura.
O senador conquistou parte do eleitorado, principalmente os mais jovens, com um discurso contrário ao establishment e claramente à esquerda, prometendo inclusive universalizar o serviço público de saúde nos EUA. Sanders também fez duras críticas à influência de Wall Street na política e às ligações entre Hillary e o mercado financeiro.
No entanto, no fim das contas acabou prevalecendo a pesada máquina em favor da ex-secretária de Estado, que em nenhum momento chegou a ter sua vitória realmente ameaçada. Porém o crescimento de Sanders e a necessidade de conquistar seus eleitores podem fazer Hillary levar seu discurso mais à esquerda.
A ex-primeira-dama ainda superou o escândalo do uso de um email privado para enviar mensagens oficiais - algo que motiva pedidos de prisão por parte de republicanos - e o crescente desencanto da população com os políticos tradicionais para se tornar candidata.
As eleições presidenciais nos Estados Unidos serão no dia 8 de novembro, e a média das pesquisas mostra uma disputa bastante apertada entre Hillary e Trump.