A possível candidatura de Kamala Harris à Presidência dos Estados Unidos pode representar desafios e, especialmente, retirar votos femininos do republicano Donald Trump. A avaliação é de Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais e especialista em EUA, em entrevista ao programa Terra Agora nesta quinta-feira, 25.
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Após a desistência do atual presidente norte-americano, Joe Biden, à reeleição, sua vice, Kamala Harris, se tornou o nome forte do Partido Democrata para a corrida eleitoral presidencial nos EUA. A mudança na chapa fez com que Trump mudasse o rumo de sua campanha e redirecionasse seus ataques a Kamala.
"Os pontos de ataque ele já tem indicado, um deles é que ela [Kamala Harris] é a representação do que colocam como 'Presidência DEI', de diversidade, equidade e inclusão. Os conservadores americanos entendem que o avanço dessas pautas tem criado empecilhos para que grupos tradicionais consigam manter suas posições", avaliou Denilde.
Para a especialista, a representatividade de Kamala prejudica a campanha de Trump, principalmente entre os votos femininos.
Outras questões pautadas pelo republicano repercutem na imigração e na economia dos EUA, avalia. "É para mostrar que ela é mais à esquerda, tem posições mais intervencionistas que o Biden, e isso levaria o país a uma situação econômica mais complicada, então são pontos que ele vai tentar explorar".
Por outro lado, Denilde cita os pontos de Kamala Harris na disputa contra Trump: "Ela vai trazer a questão do aborto, das condenações do Trump e a democracia, que uma nova eleição do Trump pode levar a uma nova crise democrática", finaliza.
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