Câmeras corporais registraram agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos e da polícia local ao lado do corpo de Thomas Matthew Crooks, atirador de 20 anos envolvido na tentativa de assassinato de Donald Trump. O ex-presidente ficou ferido após ter sido alvo de um atentado durante um comício no dia 13 deste mês.
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As imagens foram divulgadas pelo gabinete do senador republicano Chuck Grassley no X (antigo Twitter), na terça-feira, 23. No vídeo, os agentes conversam ao lado do corpo de Crooks, que já está morto, em cima de um telhado. É possível ver um rastro de sangue e mochilas pretas.
Na conversa, as autoridades discutem sobre a aparência do atirador. "Um atirador (sniper) de Beaver viu e enviou as fotos, é ele", diz um agente do Serviço Secreto durante a conversa, se referindo ao jovem.
Em seguida, um policial responde: “Não sei se você recebeu as mesmas fotos que eu”. “Acho que sim, ele [o atirador] estava de óculos”, responde o agente.
Então, o policial comenta que o sniper “enviou as fotos originais e viu (Crooks) descer de uma bicicleta, colocar a mochila no chão e depois o perdeu de vista”. O agente pergunta se a bicicleta encontrada pelos policiais, que aparentava estar abandonada, era do atirador. Em resposta, o policial diz que eles não sabem.
De acordo com o senador Grassley, as imagens foram obtidas pela Unidade de Serviços de Emergência da Beaver Co, em conformidade com as solicitações do Congresso. “[Essas] imagens da bodycam fornecem mais informações do que o Serviço Secreto irá compartilhar com a América. Precisamos de respostas detalhadas o mais rápido possível sobre a falha de segurança”, disse.
Segundo a imprensa norte-americana, além de Grassley, vários membros do Congresso exigem uma investigação mais profunda sobre o atentado. Durante uma audiência de seis horas do Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes, na última segunda-feira, 22, os legisladores questionaram a agora ex-diretora do Serviço Secreto dos EUA, Kim Cheatle, que renunciou recentemente, sobre quais foram os cuidados de segurança tomados para o comício de Donald Trump.
Na ocasião, ela assumiu a responsabilidade pelas falhas de segurança, mas rejeitou os pedidos de renúncia durante a audiência, segundo a BBC. De acordo com ela, o atentado foi “a falha operacional mais significativa em décadas de Serviço Secreto”. No dia seguinte, ela renunciou por meio de uma carta.