A nova edição da The Economist, lançada nesta quinta-feira, 4, da revista norte-americana, pede que Joe Biden retire sua candidatura às eleições dos Estados Unidos de 2024 pelo Partido Democrata, após a rejeição ao candidato chegar a 72% como resultado de seu desempenho no debate presidencial de 27 de junho contra Donald Trump.
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De forma nada sútil, a The Economist ilustrou o pedido de desistência com um andador acrescido de um selo da presidência dos EUA e a frase: 'Sem condição de comandar um país'. Joe Biden tem 81 anos e, caso reeleito, deixaria o segundo mandato com 86.
A revista também publicou um editorial explicando o porquê da desistência de Biden ser necessária. Intitulado Por que Biden deve desistir, o texto destaca tanto a suposta falta de condições cognitivas e físicas do presidente quanto o esforço da campanha para 'encobrir' a real situação dele.
"O debate presidencial foi terrível para Joe Biden, mas o encobrimento foi pior. Foi uma agonia ver um velho confuso lutando para lembrar palavras e fatos. Sua incapacidade de argumentar contra um oponente fraco era desanimadora. Mas a operação da sua campanha para negar o que dezenas de milhões de americanos viram com os seus próprios olhos é mais tóxica do que qualquer outra, porque a sua desonestidade provoca desprezo", diz trecho do editorial.
The presidential debate was awful for Joe Biden, but the cover-up has been worse. The dishonesty of his campaign provokes contempt. He must withdraw https://t.co/RijgS4gDI2 pic.twitter.com/NcsrEVPwdx
— The Economist (@TheEconomist) July 4, 2024
Rejeição a Biden
Dias após o primeiro debate presidencial, uma pesquisa realizada pela CBS News apontou que 72% dos americanos defenderam que Biden deveria desistir da reeleição. Publicamente, Biden admitiu que saiu mal, mas atribuiu o desempenho ao cansaço da agenda.
“Não foi muito inteligente ter viajado pelo mundo algumas vezes um pouco antes do debate”, disse na quarta-feira, 3, durante um evento com doadores de campanha nos arredores de Washington. No entanto, aliados, apoiadores e membros do partido democrata estariam tentando convencer Biden a deixar a campanha pela reeleição.
A pesquisa, realizada pela agência Reuters e o Instituto Ipsos, revelou que a ex-primeira-dama Michelle Obama é a única 'candidata' democrata a derrotar definitivamente Donald Trump em uma possível disputa eleitoral pela presidência dos Estados Unidos. Michelle Obama tem vantagem de 11 pontos sobre Trump.
Em outros cenários hipotéticos envolvendo outros candidatos democratas além de Joe Biden, a ex-primeira-dama alcança 50% das intenções de voto, sendo a única capaz de derrotar Trump, que aparece com 39%.