Rival de Hillary defende Snowden por "ensinar" aos americanos seus direitos

14 out 2015 - 03h11

O pré-candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, o senador Bernie Sanders, defendeu nesta terça-feira o ex-técnico da CIA (agência de inteligência americana) e da Agência da Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês), Edward Snowden, por "ensinar" aos jovens americanos sobre seus direitos.

"Ele descumpriu a lei, mas o que fez para nos ensinar deve ser levado em consideração", destacou Sanders durante o primeiro debate democrata para as eleições presidenciais de 2016 realizado em Las Vegas, no qual o senador se apresenta como o grande rival da favorita Hillary Clinton.

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Sem mencionar Snowden, o senador também prometeu que, se for eleito presidente, vai acabar com os programas de espionagem em massa que a NSA iniciou por causa dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e que, precisamente, foram revelados pelo ex-técnico da NSA, que atualmente vive exilado na Rússia.

"Cada telefone deste país está controlado pelo governo, o governo está envolvido em nossas páginas na internet", denunciou Sanders, que defendeu que há formas de se zelar pela segurança dos americanos sem a necessidade de interferir em suas comunicações privadas e violar seus direitos.

Frente a ele, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton defendeu que Snowden, cuja extradição é reivindicada pelos Estados Unidos para ser julgado em território americano, não só violou a lei ao revelar assuntos de segurança nacional, mas "roubou informações muito importantes que acabaram nas mãos erradas".

As revelações de Snowden comprovaram que os EUA grampearam as comunicações pessoais de alguns líderes considerados "amigos" de Washington, entre eles a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e a presidente Dilma Rousseff.

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