Trump deve implementar medidas para restringir imigração já no 1º dia na Casa Branca

Primeiras ações dariam o pontapé inicial na agenda de imigração do novo governo, que inclui a promessa de deportar imigrantes ilegais

12 nov 2024 - 11h08
(atualizado às 12h32)
Familiares observam o candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, discursando para seus apoiadores em seu comício, no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach, em West Palm Beach, Flórida, EUA, em 6 de novembro de 2024.
Familiares observam o candidato presidencial republicano e ex-presidente dos EUA, Donald Trump, discursando para seus apoiadores em seu comício, no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach, em West Palm Beach, Flórida, EUA, em 6 de novembro de 2024.
Foto: REUTERS/Brian Snyder

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deve tomar uma série de medidas já em seu primeiro dia na Casa Branca para aumentar a fiscalização sobre a imigração e reverter os principais programas do presidente Joe Biden, disseram três fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.

As ordens executivas forneceriam aos oficiais federais de imigração mais liberdade para prender pessoas sem antecedentes criminais, enviar tropas para a fronteira entre EUA e México e reiniciar a construção do muro na fronteira, disseram as fontes.

Publicidade

Trump também deve encerrar os programas humanitários de Biden que permitiram que centenas de milhares de imigrantes entrassem legalmente nos últimos anos e poderia incentivar aqueles com status expirado a sair voluntariamente, de acordo com as fontes que não quiseram ser identificadas.

"Tudo isso deve estar na mesa", disse Mark Morgan, um funcionário de imigração no primeiro mandato de Trump que disse não falar pela equipe de transição.

As primeiras ações dariam o pontapé inicial na agenda de imigração do novo governo, que inclui a promessa de deportar um número recorde de imigrantes ilegais nos EUA.

O Departamento de Segurança Interna dos EUA estimou que havia 11 milhões de imigrantes sem status legal em 2022, um número que pode ter aumentado. Algumas cidades que receberam imigrantes, incluindo Nova York, Chicago e Denver, têm tido dificuldades para abrigá-los e ajudá-los.

Publicidade

Trump derrotou a vice-presidente, Kamala Harris, na eleição presidencial da semana passada. Ele fez das alegações de que o governo Biden permitiu altos níveis de imigração ilegal o foco de sua campanha.

O esforço de transição de Trump continua em seus estágios iniciais e os planos podem mudar antes de sua posse em 20 de janeiro. Um porta-voz de Trump não respondeu a um pedido de comentário.

As prisões de imigrantes atingiram um recorde durante a Presidência de Biden, sobrecarregando a fiscalização da fronteira dos EUA. Mas as travessias ilegais caíram drasticamente este ano, pois Biden instituiu novas restrições na fronteira e o México intensificou a fiscalização.

Trump pretende reduzir ainda mais as travessias ilegais e usar uma abordagem ampla para prender, deter e deportar um grande número de pessoas.

O presidente eleito anunciou no domingo que o ex-diretor interino do Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA Tom Homan atuará como "czar da fronteira" da Casa Branca, supervisionando a segurança e a fiscalização da imigração.

Publicidade

Na segunda-feira, o vice-presidente eleito, JD Vance, pareceu confirmar que Stephen Miller, arquiteto da agenda restritiva de imigração do primeiro mandato de Trump, retornará como vice-chefe de gabinete para políticas públicas, assegurando que a questão permanecerá central.

A agenda agressiva de Trump provavelmente enfrentará desafios legais de Estados governados por democratas, da União Americana de Liberdades Civis e de ativistas pró-imigração.

Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações