O candidato a presidente dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, Donald Trump, disse neste domingo, 3, que não lamentaria se alguém disparasse contra jornalistas.
A declaração foi dada durante um comício em Lititz, na Pensilvânia, um dos estados-chave na corrida eleitoral pela Casa Branca, e arrisca alimentar ainda mais o clima de tensão que já toma conta do eleitorado americano e do qual o próprio Trump, alvo de um disparo de raspão na orelha em julho passado, já foi vítima.
"Para me matar, alguém deveria disparar através dos jornalistas presentes, e isso não me desagradaria tanto assim", disse o candidato, que definiu a imprensa como "gravemente corrupta".
Pouco depois, a campanha de Trump tentou contemporizar e alegou que o comentário fazia referência aos atentados contra o republicano e ao fato de a mídia também estar em perigo.
Na última quinta, 31, o magnata já havia dito que gostaria de ver armas apontadas para "a cara" de Liz Cheney, ex-congressista e crítico de Trump dentro do Partido Republicano.
Trump diz que 'não devia ter deixado' Casa Branca
Em sua passagem pela Pensilvânia, Trump também declarou que "não deveria ter deixado" a Casa Branca após perder as eleições de 2020. Segundo ele, sua administração havia mantido "a fronteira mais segura da história do nosso país" e reiterou que fez um trabalho excelente.
Trump, que se recusou a reconhecer a vitória de Joe Biden em 2020, tem promovido teorias conspiratórias sobre as eleições e dá a entender que pode questionar o resultado das urnas de 2024, caso perca da vice-presidente Kamala Herris.
Design de Cláudia Guimarães