Donald Trump, 78 anos, venceu as eleições presidenciais nos Estados Unidos e voltará a ocupar a Casa Branca pelos próximos quatro anos. Ele e o vice, J. D. Vance, tomam posse em 20 de janeiro de 2025.
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A vitória do republicano foi confirmada na manhã desta quarta-feira, 6, após ele vencer no estado de Wisconsin e conquistar 277 delegados no colégio eleitoral, segundo projeções da imprensa e de institutos de pesquisa.
Após a confirmação, jornais do mundo todo destacaram a vitória de Trump. Confira algumas publicações:
The New York Times
Em sua manchete, o jornal norte-americano escreveu: "Tempestade Trump de volta. Retorno impressionante ao poder após campanha sombria e desafiadora".
Durante a campanha para a Presidência dos EUA, o The New York Times apoiou a candidata democrata Kamala Harris. Em editoral do último fim de semana, inclusive, o jornal publicou um texto com o título "vote para acabar com a Era Trump".
Nesta quarta-feira, após a vitória do republicano, foi publicado um novo editorial em que afirma que a eleição de Trump reflete uma "escolha perigosa" que "ameaça à nação".
Conforme a publicação, a eleição de Trump coloca os EUA em um "caminho precário que não pode ser previsto". "Nos próximos quatro anos, os americanos devem ter clareza sobre a ameaça à nação e às leis que virão do seu 47º presidente e estar preparados para exercer seus direitos em defesa do país, das pessoas, das leis, instituições e valores que o mantiveram forte", escreveu.
O The New York Times também afirmou que os preços altos, a imigração nos Estados Unidos e um sinal de insatisfação com as instituições norte-americanas foram alguns dos motivos que levaram os eleitores a escolherem Trump.
Além disso, pontuou falhas do Partido Democrata, como "demorar demais" para reconhecer que o presidente Joe Biden não deveria tentar a reeleição e a "dificuldade de enviar uma mensagem persuasiva que fosse ouvida por americanos dos dois partidos que perderam a fé no sistema".
"A eleição de Trump representa uma grave ameaça à república, mas ele não determinará o destino da democracia americana a longo prazo. Isso continua nas mãos do povo americano. Esse é o trabalho para próximos quatro anos", destacou ainda o jornal.
The Washington Post
O principal jornal da capital americana não apoiou nenhum dos candidatos na eleição dos Estados Unidos. William Lewis, CEO do The Washington Post, afirmou que o jornal encerraria essa prática de apoiar candidatos daqui para frente, voltando "às raízes".
A decisão foi alvo de críticas de vários jornalistas, sendo que alguns até se demitiram. Com a repercussão, o dono do jornal, o fundador da Amazon, Jeff Bezos, publicou um artigo dizendo que apoiar um candidato cria uma "percepção de parcialidade" e não "muda a balança" da eleição.
Ao ser confirmada a vitória do republicano, o The Washington Post destacou: "Trump triunfa". Além disso, publicou matérias sobre Trump se tornar o segundo presidente a ganhar mandatos não consecutivos, no entanto o primeiro com uma condenação criminal.
Também destacou que, pela segunda vez em oito anos, uma mulher não consegue se eleger. "A vitória de Donald Trump significa que a tradição de eleger um homem para o cargo mais alto do país permanece ininterrupta depois de mais de 200 anos", escreveu.
CNN
A emissora manchetou: "Trump retoma o poder". Em seu texto, a CNN destacou que a vitória do republicano desafiou tentativas de assassinato, impeachments, condenação criminal e outras acusações criminais.
De acordo com a emissora, Trump fez campanha com retórica autoritária e falsas alegações de que as cidades do país estavam sob "ocupação" de criminosos e gangues estrangeiros. No entanto, explorou "uma sede palpável por mudança entre os americanos que ainda sentiam os dolorosos efeitos colaterais de uma onda de alta inflação agora esfriada".
"Dada a natureza extrema de sua campanha, sua eleição também pode prenunciar um período de turbulência nacional e internacional. Trump prometeu usar seu segundo mandato para buscar "retribuição" contra seus adversários políticos e refletiu em voz alta sobre usar os militares contra "o inimigo interno". No exterior, os aliados dos EUA estão se preparando para o retorno da imprevisibilidade selvagem na política externa dos EUA que Trump criou em seu primeiro mandato", escreveu.
The Guardian
O jornal escreveu: "Donald Trump derrota Kamala Harris e conquista segundo mandato histórico como presidente". A publicação também trouxe uma linha do tempo mostrando como foi a noite da eleição do republicano e como foi a campanha de Kamala em 10 eventos.
Le Monde
A publicação francesa manchetou: "Donald Trump eleito presidente. O republicano Donald Trump se torna o 47º presidente dos Estados Unidos após sua vitória em Wisconsin".
Em seu editorial, o Le Monde afirmou que, diferentemente de 2016, agora os americanos fizeram uma escolha consciente de quem é Trump. "Não só os eleitores republicanos conhecem perfeitamente o seu candidato, até aos seus comportamentos menos gloriosos, como ele é ainda mais radical do que há oito anos. O eleitorado de Donald Trump sabe onde este presidente os irá levar e quer mais."
Segundo o jornal, essa vitória é "o fim de um ciclo americano, o de uma superpotência aberta e engajada no mundo, que deseja estabelecer-se como modelo democrático – a famosa 'cidade que brilha na colina' elogiada pelo presidente Ronald Reagan. O modelo já havia sido minado nas últimas duas décadas. O regresso de Donald Trump crava um prego no seu caixão."
O Le Monde também pontuou que a vitória de Trump traz um risco de ruptura na Europa se o republicano interromper a ajuda militar à Ucrânia e negociar uma paz com Vladimir Putin, além de ser "um mau presságio para as mulheres, para os imigrantes e para a democracia em geral".
El País
"Trump, presidente pela segunda vez", escreveu o jornal em sua manchete. O El País também destacou matérias com as propostas que o republicano defendeu durante a campanha e os desafios que aguardam o próximo presidente.
BBC
A publicação britânica escreveu: "Trump conquista a vitória em retorno histórico". Além disso, publicou artigos sobre como Trump conseguiu se recuperar e vencer, além de uma análise sobre o que a vitória do republicano significa para a Ucrânia, Oriente Médio e China.
The Sydney Morning Herald
O jornal disse que "Trump retorna à Casa Branca" e publicou várias análises de especialistas sobre a vitória do republicano.