O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, ultrapassou a democrata Hillary Clinton em uma nova pesquisa divulgada nesta terça-feira, a uma semana das eleições marcadas para o próximo dia 8 de novembro.
De acordo com a pesquisa realizada de forma conjunta entre o jornal The Washington Post e a emissora ABC News, Trump tem 46% das intenções de voto contra 45% de Hillary.
A pesquisa, elaborada entre os dias 27 e 30 de outubro, entre 1.128 eleitores prováveis por telefone, indica que o candidato Gary Johnson, do Partido Libertário, obteve 3%. Já Jill Stein, do Partido Verde, registrou 2%.
Essa é a primeira vez desde maio que o empresário supera a ex-secretária de Estado na pesquisa divulgada periodicamente por ambos os veículos de imprensa. Na semana passada, Hillary liderava a disputa com 46% de apoio contra 45% de Trump.
No entanto, a ex-primeira dama chegou a ter uma vantagem de 12 pontos percentuais para o adversário (50% a 38%). Um dado relevante divulgado hoje pela pesquisa "Post/ABC" mostra que 53% dos entrevistados disse sentir um "forte entusiasmo" por Trump, enquanto apenas 45% afirmam o mesmo sobre Hillary.
A pesquisa aponta que 21% dos consultados já votou de forma antecipada. Outros 24% também planejam ir às urnas antes da próxima terça-feira ou enviar o voto por correio.
Segundo o site RealClearPolitics, que elabora uma média de todas as pesquisas publicadas no país, Hillary venceria Trump hoje com uma vantagem de 2,2 pontos percentuais.
Pelo Twitter, o empresário republicano celebrou hoje o resultado da nova pesquisa. "Wow! Agora liderando na pesquisa de ABC e Washington Post. Subindo 12 pontos em duas semanas, a maior parte antes de a Hillary desonesta explodir", escreveu Trump, em referência ao novo capítulo do escândalo de e-mails da rival.
A ex-primeira-dama está pressionada e caindo nas pesquisas desde a sexta-feira, quando o diretor do FBI, James Comey, anunciou a reabertura das investigações sobre o uso de um servidor privado de e-mail para tratar sobre informações confidenciais quando Hillary era secretária de Estado, entre 2009 e 2013.
Os novos e-mails foram encontrados em um computador do ex-congressista Anthony Weiner, acusado de manter diálogos sexuais com menores de idade. Ele era casado com Huma Abedin, uma das assessoras mais próximas à candidata presidencial democrata.