Um ano após o Estado Islâmico ter declarado um califado em território tomado no Iraque e na Síria, o grupo dissidente da al Qaeda enfrenta pressão militar de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, mas permanece uma potente força que mantém controle sobre cidades importantes, disse o Pentágono nesta segunda-feira.
O coronel do Exército Steve Warren, porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, disse que o grupo militante perdeu um quarto do território que controlou no auge de sua expansão, tendo quebrado formação e batido em retirada em diversas ocasiões no norte da Síria frente a uma ofensiva de forças lideradas por curdos.
Mas militantes do Estado Islâmico ainda controlam a cidade iraquiana de Mosul, onde o líder Abu Bakr al-Baghdadi apareceu em julho do ano passado para se declarar chefe do novo califado, proclamado em 29 de junho de 2014.
O grupo recentemente capturou a estratégica cidade de Ramadi, capital da vasta província ocidental de Anbar, Iraque.
“É uma luta dura. Nós dissemos há um ano que esperávamos que a luta para expulsar o Estado Islâmico do Iraque levasse anos - ‘anos’, no plural”, disse Warren.
"O Estado Islâmico perdeu bem mais do que 25 por cento do território que mantinha no auge de sua incursão no Iraque. Nós destruímos centenas de unidades de equipamentos deles”, acrescentou. “Acreditamos que estamos tendo um impacto.”
Mas ele também ressaltou que o grupo ainda é capaz de juntar força de combate suficiente para criar o tipo de destruição vista na semana passada na cidade síria de Kobani, onde centenas de civis foram mortos a tiros ou por veículos-bomba.
Warren descreveu o ataque a Kobani como uma “incursão limitada”, notando que os militantes haviam sido “tirados a força de lá” por forças locais e ataques aéreos liderados pelos EUA.
Ele também disse que forças adversárias ao grupo rebelde haviam estabelecido uma linha inquebrável, que se alonga pela fronteira turca a partir de território iraquiano, a oeste de Kobani. Essa faixa tem cerca de 400 quilômetros.