EUA: chega a 84 nº de pessoas supostamente expostas a antraz

20 jun 2014 - 19h59

Autoridades dos Estados Unidos elevaram para 84 o número de funcionários do governo que podem ter sido expostos a antraz em três laboratórios em Atlanta, enquanto investigam uma violação nos procedimentos de segurança no manuseio do patógeno mortal.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) informou que o número de técnicos de laboratório possivelmente afetados aumentou em relação aos 75 divulgados na quinta-feira.

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No início desta sexta-feira, 32 funcionários receberam o poderoso antibiótico ciprofloxacin, ou Cipro, e 20 outros o antibiótico doxiciclina, declarou o secretário de imprensa do CDC, Benjamin Haynes, em um comunicado.

Além disso, até 27 pessoas receberam a vacina contra antraz para evitar uma infecção. Nenhuma doença foi relatada, mas a agência acredita que o número de possíveis expostos irá aumentar à medida que mais pessoas se manifestem agora que a notícia sobre o antraz foi tornada pública.

A falha de segurança, que começou no laboratório de bioterror do CDC, despertou novas preocupações a respeito da maneira como laboratórios de todo o mundo realizam pesquisas sobre os patógenos mais mortíferos que se conhece, do antraz ao ebola e à gripe aviária. O CDC vem sendo investigado repetidamente desde pelo menos 2007 por conta de lapsos de segurança e falhas mecânicas em alguns de seus laboratórios.

O doutor Paul Meechan, diretor do escritório de saúde ambiental e adequação de segurança do CDC, revelou a possível exposição ao antraz para a Reuters na quinta-feira. A agência descobriu a falha no dia 13 de junho.

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Segundo Meechan, pesquisadores do laboratório de alta segurança de Reação Rápida e Tecnologia Avançada de Bioterror do CDC perceberam ter enviado bactérias vivas de antraz, ao invés do que achavam ser amostras inofensivas, a colegas cientistas de dois laboratórios de baixa segurança da agência.

O lapso de segurança inicial ocorreu enquanto os cientistas do laboratório de bioterror testavam um novo protocolo para o antraz inativo, usando agentes químicos ao invés de radiação.

Os cientistas da unidade de Reação Rápida estavam preparando uma cepa especialmente perigosa da bactéria para uso nos laboratórios de baixa segurança do CDC, a Instalação Central de Biotecnologia e o Laboratório de Referência em Bacteriologia Especial, afirmou Meechan.

Estas equipes estavam experimentando métodos para identificar mais rapidamente o antraz em substâncias e pós enviados ao centro.

“Se houvesse um incidente de bioterrorismo, poderíamos identificar mais rapidamente se a amostra é ou não antraz”, afirmou Meechan.

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Ele ainda informou que assim que o erro foi notado as amostras foram recuperadas e os funcionários que as manipularam foram contactados.

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