A embaixada dos Estados Unidos em La paz comunicou neste sábado ao Ministério do Governo da Bolívia e à polícia local que uma jovem de 17 anos entrou em contato com a legação diplomática americana para dizer que tinha a intenção de promover um atentado contra o presidente do país, Evo Morales.
O ministro de Governo, Carlos Romero, anunciou em entrevista coletiva na cidade de Santa Cruz, no leste do país, que agentes já estão investigando o caso. O grau de risco e a seriedade da ameaça ainda serão determinadas pelas autoridades do país.
"Nos parece grave apenas mencionar a pretensão de assassinar o presidente Evo Morales", alertou o ministro.
A embaixada dos EUA, através do encarregado de segurança, repassou as informações às autoridades da Bolívia. A jovem de 17 anos, cujos pais vivem em La Paz e Cochabamba, teria entrado em contato com a representação diplomática americana através do Facebook para dizer que estava em condições de matar o presidente do país, pedindo então proteção para ela e a família.
A adolescente teria buscado a proteção dos EUA em troca do homicídio encorajada pelas péssimas relações diplomáticas entre La Paz e Washington desde que Morales chegou ao poder.
A Bolívia expulsou o embaixador dos EUA em La Paz, Philip Goldberg, em 2008, após acusá-lo de tentar desestabilizar o país e de conspirar, uma denúncia negada pelo governo americano, que respondeu retirando de Washington o embaixador Gustavo Gúzman.
De qualquer forma, a embaixada dos EUA alertou sobre o conteúdo da mensagem, seguindo o protocolo habitual, disse Romero.
O ministro não citou o nome da jovem que fez a ameaça, mas revelou que a polícia investiga se outra pessoa teria usado o perfil dela no Facebook para enviar as mensagens. Ainda não há informação sobre prisões ligadas à ameaça.
