O governo dos Estados Unidos confirmou que o refém ameaçado no último vídeo do Estado Islâmico (EI), no qual os jihadistas aparecem decapitando o britânico Alan Henning, é o americano Peter Edward Kassing.
"Podemos confirmar que o cidadão americano Peter Kassing é refém do EI. Neste ponto não temos motivos para duvidar da autenticidade do vídeo", indicou a Casa Branca em comunicado. "Continuaremos usando todas as ferramentas a nosso alcance - militares, diplomáticas, policiais, de Inteligência - para trazer Peter para junto de sua família", acrescentou a nota.
Peter é um jovem ex-militar que serviu no Iraque entre abril e julho de 2007, segundo fontes do jornal Washington Post. Após deixar com honras o exército por motivos de saúde em setembro de 2007, ele estudou ciências políticas, medicina de emergência e foi ao Oriente Médio para se dedicar a trabalhos humanitários, segundo uma entrevista que concedeu à emissora CNN em 2012.
O grupo radical Estado Islâmico publicou, nesta sexta-feira, um vídeo com a suposta decapitação do britânico Alan Henning, sequestrado em dezembro na Síria, quarto refém ocidental assassinado pelos jihadistas. A gravação, de um minuto e 11 segundos de duração e cuja autenticidade não pôde ser verificada, foi publicada em sites usados pelos islamitas sob o título "Outra mensagem para os Estados Unidos e seus aliados".
"Pela decisão de nosso parlamento de atacar o Estado Islâmico, eu, como membro do povo britânico, pagarei agora o preço por esta decisão", diz Henning.
Da mesma forma que nas execuções anteriores, a vítima é decapitada por um carrasco mascarado em um lugar desértico ao ar livre.
Em seguida, o EI apresenta um novo refém, agora identificado como o americano Peter Edward Kassing, em um cenário similar. O jihadista mascarado o agarra pelo pescoço e dirige palavras ao presidente americano, Barack Obama.
"Você começou um bombardeio aéreo em Sham (Síria), que segue golpeando nossa gente. Portanto é um direito que continuemos golpeando os pescoços de sua gente", ameaça o jihadista.
As vítimas
Alan Henning era um taxista britânico, de 47 anos, que trabalhou na Síria como voluntário de uma organização humanitária.
Sua decapitação é a quarta de um refém ocidental executada pelo EI desde agosto, quando começou a ofensiva americana de ataques aéreos sobre posições do grupo jihadista no norte do Iraque.
Antes dele, foram assassinados os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, e o voluntário britânico David Haines.
