EUA dizem que obtêm dados com conhecimento de empresas de internet

Executivos de empresas do Vale do Silício, nos EUA, negaram ter conhecimento do acesso que a NSA teria sobre os dados destas companhias

9 jun 2013 - 04h10
(atualizado às 07h28)
<p>Documento secreto mostra sites e informações espionadas</p>
Documento secreto mostra sites e informações espionadas
Foto: Reprodução

O diretor nacional de Inteligência dos Estados Unidos, James Clapper, especificou na noite deste sábado em comunicado que a espionagem de comunicações digitais estrangeiras se realizam com o "conhecimento" das empresas de internet envolvidas.

Clapper, que comanda a Agência Nacional de Inteligência (NSA), quis minimizar os vazamentos para a imprensa sobre o programa PRISM, que permite vigiar comunicações digitais de nove grandes provedores de internet nos EUA.

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O diretor chamou a PRISM de um simples "sistema governamental interno de computação" destinado a supervisionar dados que podem ser recopilados por mandato judicial. Segundo o documento de três páginas, o Congresso foi informado deste programa 13 vezes desde 2009.

No comunicado, Clapper negou que "o governo americano obtenha unilateralmente dados de servidores de provedores americanos de comunicações" e assegurou que essa informação é obtida após consentimento judicial e "com o conhecimento dos provedores".

Quando os detalhes do programa PRISM foram revelados, as grandes empresas de internet como Google e Facebook negaram o conhecimento dessas solicitações de cooperação das autoridades federais e a abertura para o Governo de seus servidores.

Apesar de pela primeira vez Clapper afirmar que o programa PRISM existe, ele reitera que a NSA limita suas atividades aos cidadãos estrangeiros. O diretor nacional de Inteligência disse que o PRISM "não é uma coleção ou exploração de dados não revelada", mas um sistema pensado para "facilitar" a vigilância de dados no exterior como autoriza o Congresso.

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