EUA dizem que pedido norte-coreano por investigação conjunta sobre Sony é "absurdo"

22 dez 2014 - 20h26

A enviada dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) classificou nesta segunda-feira como absurdas as exigências da Coreia do Norte por uma investigação conjunta dos dois países sobre o caso de ciberataque à Sony Pictures e as ameaças de retaliação se os Estados Unidos recusarem.

A embaixadora norte-americana na ONU, Samantha Power, participa de um evento em Washington, nos Estados Unidos, em novembro. 19/11/2014
A embaixadora norte-americana na ONU, Samantha Power, participa de um evento em Washington, nos Estados Unidos, em novembro. 19/11/2014
Foto: Gary Cameron / Reuters

"É exatamente o tipo de comportamento que esperamos de um regime que ameaçou tomar 'contramedidas impiedosas' contra os EUA sobre uma comédia de Hollywood", disse a embaixadora Samantha Power.

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"Compete ao Conselho de Segurança considerar a recomendação da comissão de inquérito (da ONU) de que a situação na Coreia do Norte seja submetida ao Tribunal Penal Internacional e considerar outras medidas adequadas sobre responsabilização", completou Power em um discurso para o Conselho de Segurança da ONU.

A Coreia do Norte propôs no sábado uma investigação conjunta com os EUA sobre o ciberataque contra a Sony, classificando a acusação da polícia federal norte-americana (FBI) de que o país estaria por trás do ataque de "calúnia".

Um porta-voz do Ministério do Exterior norte-coreano afirmou que haveria "consequências graves" se Washington não concordasse com a investigação conjunta e continuasse a acusar o país, segundo a agência de notícias oficial KCNA.

Os EUA acusam o governo norte-coreano de um ciberataque ao estúdio Sony Pictures, que resolveu cancelar o lançamento do filme "A Entrevista", uma comédia que mostra o assassinato do líder norte-coreano, Kim Jong Un.

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(Reportagem de Louis Charbonneau)

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