EUA impõem sanções para frear fluxo financeiro do EI

Medidas anunciadas pelo Departamento do Tesouro atingem os dois principais líderes militares do grupo, assim como alguns militantes de alto escalão que administram o fluxo de combatentes

24 set 2014 - 19h18
<p>Militante do Estado Islâmico exibe bandeira do grupo jihadista em local recém-conquistado no Iraque</p>
Militante do Estado Islâmico exibe bandeira do grupo jihadista em local recém-conquistado no Iraque
Foto: AFP

O governo dos Estados Unidos divulgou nesta quarta-feira uma série de sanções econômicas contra pessoas envolvidas em atividades de financiamento, fornecimento de equipamentos e envio de combatentes estrangeiros a organizações terroristas na Síria e no Iraque, entre elas o Estado Islâmico (EI).

Segundo nota do Departamento do Tesouro, as ações buscam complementar a resolução adotada hoje pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas "para prevenir e quebrar as atividades financeiras de militantes de organizações terroristas, e frustrar seus esforços para viajar internacionalmente".

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Na lista estão dois dos principais líderes militares do EI na Síria: o georgiano Tarkhan Tayumurazovich Batirashvili e o tunisiano Tariq Bin Al Tahar Bin Al Falih Al Awni Al Harzi.

Batirashivili controla as atividades do EI nas regiões do norte da Síria, entre as cidades de Aleppo e Idlib, e é o encarregado de coordenar a chegada de combatentes procedentes da Chechênia e do Cáucaso.

Além disso, ele comandou várias operações para apoiar ações do EI perto da cidade iraquiana de Mossul em junho.

Já Al Harzi, é responsável pela arredacação de fundos no Golfo Pérsico e pela mobilização de combatentes estrangeiros, procedentes especialmente do Reino Unido, Albânia e Dinamarca, nas fronteiras entre a Turquia e a Síria.

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As sanções do Departamento do Tesouro incluem também militantes de alto escalão, radicados no Kuwait, Jordânia e Turquia, dedicados a facilitar o "fluxo de fundos e combatentes" para outras organizações terroristas como a Frente al Nursa da Síria, além dos braços da Al Qaeda no Iraque e na Península Arábica.

"Essas ações reafirmam o compromisso dos EUA e dos nossos parceiros para degradar e destruir o acesso dos terroristas aos financiamentos", afirmou no comunicado David Cohen, subsecretário de Terrorismo e Inteligência Financeira do Departamento do Tesouro.

Ficam congelados todos os ativos que essas pessoas possam ter sob jurisdição americana. Cidadãos e entidades dos EUA também estão impedidos de realizar operações financeiras com os enquadrados na lista do Departamento do Tesouro.

  
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