A promotoria federal dos Estados Unidos investiga vários dirigentes venezuelanos, incluindo o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, por "ter convertido o país em um centro global de tráfico de cocaína e lavagem de dinheiro", revela nesta segunda-feira The Wall Street Journal (WSJ).
Segundo o jornal, "uma unidade de elite da agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA) e promotores de Nova York e Miami estão levantando provas com base em informações de ex-traficantes de cocaína, informantes e desertores do Exército" venezuelano.
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O principal alvo da investigação é Cabello, número dois do chavismo e sobre o qual haveria uma "ampla evidência para justificar que trata-se de um dos líderes, talvez o líder, do cartel", diz uma fonte do departamento americano de Justiça citada pelo jornal.
Em 21 de abril, Cabello abriu processo contra três meios de comunicação venezuelanos por divulgar informações que o ligavam ao tráfico de drogas.
Em janeiro passado, a imprensa da Venezuela revelou que Leamsy Salazar, um ex-chefe da segurança de Cabello e do finado presidente Hugo Chávez, fugiu para os Estados Unidos, onde denunciou a existência de um cartel de narcotráfico liderado pelo atual presidente da Assembleia Nacional.
Em março passado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, adotou sanções contra sete funcionários do governo da Venezuela.
O decreto, que qualifica a situação na Venezuela de "ameaça" para os Estados Unidos, despertou indignação no país sul-americano e em alguns de seus vizinhos.