EUA investigam universidades por omissão em casos de estupro

Entre as universidades estão algumas das mais prestigiadas do país como Harvard, Princeton e Dartmouth

2 mai 2014 - 00h45

O governo dos Estados Unidos publicou nesta quinta-feira uma lista de 55 universidades que estão sendo investigadas pela gestão das denúncias sobre abuso sexual no campus, entre elas algumas das mais prestigiadas do país como Harvard, Princeton e Dartmouth.

A lista divulgada pelo Departamento de Educação faz parte do esforço da administração de Barack Obama de promover um papel mais ativo dos centros americanos em prevenir e responder aos casos de estupro e assédio, que afetam uma em cada cinco estudantes do país durante sua passagem pela universidade. "É necessário haver transparência", disse o secretário de Educação, Arne Duncan, em entrevista coletiva na Casa Branca.

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"Provavelmente ninguém gosta de ver seu nome nessa lista. Mas vamos investigar, vamos tomar ciência dos fatos. E se tiverem feito tudo bem, seremos muito claros e diremos que fizeram tudo perfeitamente", acrescentou, ao ressaltar que não há "nenhuma presunção de culpabilidade".

As universidades estão sendo investigadas por possíveis violações ao Título IX, uma regulação que proíbe a discriminação de gênero nos centros educativos que recebem recursos federais e à qual recorreram muitas vítimas para denunciar a falta de ação das instituições.

Entre as universidades sob a lupa estão centros privados prestigiados como Emory University, a Universidade da Califórnia do Sul e as universidades Amherst e Swarthmore; além de centros públicos como Berkeley, a Universidade da Califórnia, a estadual do Arizona e a estadual de Ohio.

Cerca de metade dos Estados do país têm universidades invetsigadas e há seis em Massachusetts, cinco na Pensilvânia, quatro em Nova York, na Califórnia e no Colorado.

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Em comunicado, a Universidade de Harvard disse que contratou uma equipe para se concentrar especificamente em assuntos relacionados com o Título IX, com o que esperam "melhorar significativamente a maneira como o centro responde aos incidentes de má conduta sexual entre estudantes, professores e pessoal".

Obama ordenou em janeiro a criação de um grupo de trabalho para combater o abuso sexual e esse coletivo apresentou na terça-feira um relatório com as primeiras recomendações, entre elas a de que as universidades façam pesquisas em seus campi sobre o problema. "As universidades não podem continuar fechando os olhos ou fingir que os estupros ou os abusos sexuais não existem", sentenciou o vice-presidente, Joe Biden, ao apresentar o relatório.

  
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