Uma juíza militar dos Estados Unidos reduziu nesta terça-feira de 136 para 90 anos a pena máxima à qual o soldado Bradley Manning está sujeito por ter desviado documentos secretos para a organização WikiLeaks. A redução da pena máxima decorre do fato de algumas condenações terem sido fundidas pela coronel Denise Lind, que comanda a corte marcial instalada no quartel Fort Meade, em Maryland.
Manning, de 25 anos, foi condenado na semana passada por 19 acusações, inclusive de espionagem, por ter entregue mais de 700 mil arquivos secretos ao WikiLeaks, no maior vazamento de dados sigilosos na história do país. A fase de definição das sentenças deve ir até sexta-feira.
Em resposta a alegações da defesa de que a promotoria estaria "exagerando" ao buscar sentenças em separado para todas as acusações de espionagem, a juíza concluiu que algumas acusações resultavam do mesmo crime e deveriam ser fundidas para evitar "uma multiplicação não razoável das acusações".
A defesa admitiu que Manning baixou arquivos digitais com informações militares e diplomáticas, em dias diferentes, mas alega que ele agrupou o material em arquivos únicos antes de transmiti-los em 2010 ao WikiLeaks. A promotoria argumentava que cada descarga digital constituiu um crime em separado.