EUA não planejam colocar militares em campo após ataque em Israel

Apesar disso, o país enviou suprimentos de defesas aéreas e armamentos a Israel

9 out 2023 - 20h19
(atualizado às 22h11)
O porta-voz norte-americano John Kirby
O porta-voz norte-americano John Kirby
Foto: REUTERS/Leah Millis

O governo dos Estados Unidos não tem a intenção de colocar militares em campo após os ataques do grupo islâmico militante Hamas contra Israel, mas protegerá os interesses dos EUA na região, disse um porta-voz da Casa Branca nesta segunda-feira, 9.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que "sem dúvida há um grau de cumplicidade" do Irã no apoio ao Hamas, mas afirmou que o governo do presidente Joe Biden não viu evidências tangíveis de que o Irã esteve diretamente envolvido na organização do atual ataque.

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Kirby disse a jornalistas que a Casa Branca espera mais pedidos relacionados à segurança de Israel e tentará cumprir as demandas o mais rápido possível.

Ele também afirmou que "é muito cedo para dizer que pisamos no freio" nos esforços para normalizar relações entre Arábia Saudita e Israel, mas que essa diplomacia ainda deveria ser encorajada.

Envio de armamento

As forças militares dos Estados Unidos estão "aumentando" os suprimentos de defesas aéreas, armamentos e outros tipos de assistência de segurança para Israel, disse uma autoridade de alto escalão da defesa do país nesta segunda. "Os aviões já decolaram", disse a autoridade, falando sob condição de anonimato, a repórteres no Pentágono.

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"Estamos aumentando o apoio a Israel... Permanecemos em contato constante com nossos pares em Israel para determinar e apoiar suas necessidades mais urgentes."

Os Estados Unidos ainda não detalharam a extensão das solicitações de Israel para assistência de segurança. Mas a autoridade de defesa dos EUA disse que Washington estava entrando em contato com a indústria de defesa para agilizar os pedidos israelenses pendentes e analisando os estoques das próprias Forças Armadas dos EUA para ajudar a preencher as lacunas israelenses.

A autoridade também pareceu descartar as preocupações de que os Estados Unidos poderiam ter dificuldades para fornecer a Israel ao mesmo tempo em que envia armamentos para a Ucrânia.

"Somos capazes de continuar nosso apoio à Ucrânia e a Israel e manter nossa própria prontidão global", disse a autoridade.

O grupo islâmico palestino Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel no sábado, matando centenas de israelenses e fazendo dezenas de reféns. O ataque levou Israel a declarar guerra, e a violência em espiral ameaça iniciar uma nova guerra de grandes proporções no Oriente Médio.

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A autoridade sênior dos EUA comparou o ataque do Hamas a uma "selvageria no nível do Isis", uma caracterização que ecoa o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que também disse nesta segunda que o ataque do Hamas se espelhava naqueles realizados pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que pelo menos 11 cidadãos norte-americanos estavam entre os mortos em Israel e acrescentou que cidadãos norte-americanos provavelmente estavam entre os reféns do Hamas.

"Orientei minha equipe a trabalhar com seus pares israelenses em todos os aspectos da crise dos reféns, incluindo o compartilhamento de inteligência", disse Biden em um comunicado divulgado pela Casa Branca.

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