Os Estados Unidos teriam sabotado com ciberataques o teste de míssil da Coreia do Norte realizado ontem (15), que acabou falhando. A teoria que está circulando na web e nos jornais britânicos é do político conservador Malcom Rifkind, ex-ministro das Relações Exteriores e ex-ministro da Defesa no governo de John Major.
De acordo com ele, o teste de ontem e todos os outros realizados pela Coreia do Norte que falharam teriam sido sabotados por hackers do governo norte-americano. "O teste pode ter falhado porque o sistema não conseguiu funcionar ou porque os EUA, aplicando métodos de ciberataques, conseguiram em várias ocasiões interromper esse tipo de atividade", disse o ex-chanceler britânico.
O jornal "The Daily Telegraph" relembrou que, em 2014, o então presidente Barack Obama ordenou a intensificação dos trabalhos de hackers para minar a capacidade bélica da Coreia do Norte através de métodos cibernéticos.
Na manhã deste domingo (16), um conselheiro da Casa Branca disse à agência AP que os EUA tinham o controle da situação antes e depois do teste balístico.
A Coreia do Norte realizou um teste de míssil balístico na noite de ontem (15), mas o dispositivo falhou. O teste ocorreu um dia após o regime de Pyongyang celebrar o "Dia do Sol" e os 105 anos do nascimento de Kim il-sung, fundador da república norte-coreana e considerado "presidente eterno".
Para comemorar a data, foi realizado um desfile militar, no qual as autoridades fizeram questão de exibir seu potencial bélico, em uma provocação aos Estados Unidos.
O presidente norte-americano, Donald Trump, foi informado do teste, mas não quis comentar o fato, de acordo com a Casa Branca, em uma escolha técnica de não dar tanta atenção às ações do líder norte-coreano, Kim jong-un.
Segundo um especialista do Pentágono, o míssil lançado na noite de ontem era de médio alcance e explodiu cerca de quatro segundos após seu lançamento.
Na semana passada, os EUA e a Coreia do Norte trocaram provocações e ameaças de uma guerra nuclear, elevando o clima de tensão na península coreana. Países da região, como a China, Japão e Rússia, pediram calma e que as duas nações evitem um confronto militar.
O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, iniciou no fim de semana uma viagem de 10 dias pela Ásia, durante a qual se reunirá com aliados.