Com ciberataque, EUA podem ter sabotado míssil norte-coreano

Regime norte-coreano testou míssil ontem, mas falhou

16 abr 2017 - 13h32
(atualizado às 14h06)

Os Estados Unidos teriam sabotado com ciberataques o teste de míssil da Coreia do Norte realizado ontem (15), que acabou falhando. A teoria que está circulando na web e nos jornais britânicos é do político conservador Malcom Rifkind, ex-ministro das Relações Exteriores e ex-ministro da Defesa no governo de John Major.

De acordo com ele, o teste de ontem e todos os outros realizados pela Coreia do Norte que falharam teriam sido sabotados por hackers do governo norte-americano. "O teste pode ter falhado porque o sistema não conseguiu funcionar ou porque os EUA, aplicando métodos de ciberataques, conseguiram em várias ocasiões interromper esse tipo de atividade", disse o ex-chanceler britânico.

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O jornal "The Daily Telegraph" relembrou que, em 2014, o então presidente Barack Obama ordenou a intensificação dos trabalhos de hackers para minar a capacidade bélica da Coreia do Norte através de métodos cibernéticos.

Na manhã deste domingo (16), um conselheiro da Casa Branca disse à agência AP que os EUA tinham o controle da situação antes e depois do teste balístico.

A Coreia do Norte realizou um teste de míssil balístico na noite de ontem (15), mas o dispositivo falhou. O teste ocorreu um dia após o regime de Pyongyang celebrar o "Dia do Sol" e os 105 anos do nascimento de Kim il-sung, fundador da república norte-coreana e considerado "presidente eterno".

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Para comemorar a data, foi realizado um desfile militar, no qual as autoridades fizeram questão de exibir seu potencial bélico, em uma provocação aos Estados Unidos.

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O presidente norte-americano, Donald Trump, foi informado do teste, mas não quis comentar o fato, de acordo com a Casa Branca, em uma escolha técnica de não dar tanta atenção às ações do líder norte-coreano, Kim jong-un.

Segundo um especialista do Pentágono, o míssil lançado na noite de ontem era de médio alcance e explodiu cerca de quatro segundos após seu lançamento.

Na semana passada, os EUA e a Coreia do Norte trocaram provocações e ameaças de uma guerra nuclear, elevando o clima de tensão na península coreana. Países da região, como a China, Japão e Rússia, pediram calma e que as duas nações evitem um confronto militar.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, iniciou no fim de semana uma viagem de 10 dias pela Ásia, durante a qual se reunirá com aliados. 

Fonte: ANSA
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