EUA: posse de armas volta a ser assunto em época de eleições

Flórida tem o maior número de permissões de porte arma de fogo em lugares públicos, com 1,3 milhões de pessoas

10 abr 2015 - 19h50
(atualizado às 21h17)
<p>Washington aprovou o porte e a posse de armas de fogo</p>
Washington aprovou o porte e a posse de armas de fogo
Foto: George Frey / Getty Images

A Associação Nacional do Rifle (NRA) iniciou nesta sexta-feira sua reunião anual em Nashville, no Tennessee, reiterando a importância do direito de possuir e portar armas, e com uma clara mensagem contra os candidatos presidenciais de 2016 que se opõem aos seus ideais.

Nashville, capital da música "country" e de um estado onde as mortes por arma de fogo acabam de superar as provocadas por acidentes de trânsito, sediará a conferência de três dias em que desfilarão políticos e comentaristas conservadores e serão exibidas as mais recentes armas de fogo para todas as idades.

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O diretor-executivo da NRA, Chris Cox, abriu a conferência com um discurso contra o presidente americano, Barack Obama, e o vice-presidente, Joe Biden, por terem aumentado os controles dos proprietários de armas de fogo.

A NRA é o maior grupo de pressão pela defesa da Segunda Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que autoriza qualquer cidadão a possuir e portar armas, e um dos principais apoios para os políticos republicanos com aspirações presidenciais.

Esta reunião anual coincide com o início da campanha dos pré-candidatos republicanos à presidência, por isso todos seus nomes com chances nas eleições primárias fazem questão de prestigiar o evento.

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No primeiro dia da convenção da NRA, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, um dos favoritos na disputa republicana, defendeu as leis do estado que protegem aqueles que matam uma pessoa por a considerarem uma ameaça, mesmo que não tenham sido atacadas.

Além disso, lembrou que a Flórida tem o maior número de permissões de porte arma de fogo em lugares públicos, com 1,3 milhões de pessoas.

"Na Flórida é possível se defender em qualquer lugar onde se pode estar legalmente", explicou Bush sobre uma lei que assinou em 2005, criticada por permitir que fiquem sem condenação casos de assassinatos de negros com armas de fogo.

A NRA, que não convidou nenhuma figura democrata, criticou duramente as propostas legislativas da Casa Branca de aumentar os controles psicológicos e de antecedentes na compra de armas, assim como de limitar o poder de fogo de alguns rifles.

A NRA, que espera mobilizar 70 mil simpatizantes nesta convenção, conseguiu apoio político suficiente para frustrar as tentativas de modificar as regulamentações de posse de armas.

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O estado anfitrião da conferência da NRA, Tennessee, é um dos 16 estados nos quais as mortes por arma de fogo superaram as de acidentes de trânsito, mostrou um estudo divulgado este mês do Violence Policy Center (Centro de Política sobre Violência).

Nacionalmente, as mortes por arma de fogo aumentaram progressivamente até 2013, e os acidentes de trânsito fatais caíram significativamente desde 2007.

  
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