A revisão dos programas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) estará pronta até o fim de ano, disse nesta segunda-feira a Casa Branca, que não confirmou se a reportagem publicada no Wall Street Journal que afirma que o presidente Barack Obama desconhecia a espionagem de líderes mundiais.
"A revisão completa (dos programas) que está sendo liderada pela Casa Branca estará pronta até o final do ano", disse o porta-voz da presidência, Jay Carney.
Carney lembrou que Obama ordenou a revisão dos programas ainda durante o verão americano (em junho), quando foram divulgados os atos de espionagem a partir de documentos vazados à imprensa pelo ex-analista da NSA Edward Snowden, atualmente asilado na Rússia.
Assim que o vazamento foi divulgado, a Casa Branca ordenou a suspensão de vários programas de espionagem da NSA principalmente depois que se soube que incluíam as comunicações de líderes europeus, como a chanceler alemã, Angela Merkel, informaram hoje altos funcionários citados pelo WSJ.
O presidente americano aprovava uma série de "prioridades" de inteligência geral, mas as decisões sobre alvos específicos eram decididos pelos cargos inferiores. Segundo esta lógica, Obama poderia estar há cinco anos sem conhecer os programas de espionagem da NSA que incluíam o grampo em telefones de vários líderes globais.
"Não vou entrar em detalhes sobre discussões internas", repetiu Carney várias vezes ao se negar a confirmar a veracidade da informação do WSJ.
O porta-voz se limitou a reiterar que Obama está levando "muito a sério" a revisão dos programas de espionagem da NSA para garantir que existe um equilíbrio entre a segurança e o respeito às "reais preocupações" sobre a privacidade, compartilhadas tanto dentro como fora dos EUA.
Além disso, Carney negou que os Estados Unidos use as operações de inteligência para "promover seus interesses econômicos" no exterior e acrescentou que a única finalidade dessas atividades é zelar pela segurança do país e de seus aliados. E também reforçou que Obama tem "plena confiança" no atual diretor da NSA, o general Keith Alexander.