Um avião da companhia aérea Aeroflot que realizou o percurso Moscou-Havana nesta quinta-feira gerou rumores na imprensa americana por desviar sua rota para não entrar no espaço aéreo dos Estados Unidos. Especulações indicavam que Edward Snowden poderia estar a bordo, porém, em entrevista à agência RT, membros da tripulação afirmaram que a medida foi tomada por conta de uma "turbulência" e o voo transcorreu "com completa normalidade".
O voo 150 da Aeroflot deixou Moscou às 14h10 no horário local (7h10 no horário de Brasília) e aterrissou em Havana após treze horas. O percurso habitual de voos do tipo passa pela Escandinávia, contorna a Groenlândia e passa pelos espaços aéreos do Canadá e dos Estados Unidos antes de chegar ao Mar do Caribe.
No trecho americano da viagem, a aeronave se afastou do espaço aéreo do país e imediatamente surgiu o boato de que um dos passageiros poderia ser Edward Snowden, ex-funcionário da CIA que é procurado pelo governo americano após denúnciar suposta espionagem de Washington ao redor do mundo.
A informação foi negada pela companhia, que justificou a mudança de rota por conta de uma turbulência. Apesar das leis russas, que determinam que empresas aéreas não devem divulgar dados de seus passageiros para terceiros, a empresa afirmou que Snowden não estava a bordo.
O ex-funcionário da CIA busca asilo político, que já foi oferecido pela Venezuela. Seu paradeiro atual, porém, é incerto.