Ex-vice-presidente Cheney defende programas de espionagem dos EUA

16 jun 2013 - 16h49
(atualizado às 17h20)
Eric Snowden em hotel de Hong Kong em imagem divulgada pelo jornal The Guardian
Eric Snowden em hotel de Hong Kong em imagem divulgada pelo jornal The Guardian
Foto: AP

O ex-vice-presidente americano Dick Cheney defendeu este domingo os programas de espionagem de comunicações dos Estados Unidos, que saíram à luz nos últimos dias, ao afirmar que eram necessários para evitar ataques, enquanto descreveu a pessoa que os revelou como um "traidor".

Cheney desempenhou um papel chave no governo do ex-presidente George W. Bush, que desenvolveu e aprovou os programas de vigilância da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.

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"A razão pela qual começamos com isto é que tínhamos sido atacados, um ataque pior que o de Pearl Harbor", afirmou Cheney à emissora Fox News. A preocupação - acrescentou - era que eventuais ataques usassem "armas mais mortais, entre elas nucleares e biológicas".

"Se você considera a possibilidade de alguém contrabandear uma arma nuclear dentro dos Estados Unidos, se torna muito importante recompilar material de inteligência sobre os seus inimigos e deter o ataque, inclusive antes de ser lançado", disse.

Com relação às críticas contra os programas, Cheney disse: "Existe a ideia que de alguma forma obtivemos informação pessoal sobre a tia Fanny ou Chris Wallace ou quem quer que seja". Mas "não é verdade, não é como funcionam", assegurou.

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Edward Snowden, um americano de 29 anos ex-funcionário da CIA, terceirizado da NSA, que revelou a existência dos programas e está em Hong Kong, é um "traidor", disse Cheney. "Penso que cometeu crimes e que violou acordos, em vista da posição que ocupou", acrescentou.

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