A família de Steven Sotloff, jornalista decapitado pelo Estado Islâmico (EI, ex-Isis), rompeu o silêncio. Um dia depois da divulgação do vídeo que mostra o assassinato do norte-americano, familiares e amigos do jornalista, na Flórida, mandaram recado ao líder do grupo jihadista, Abu Bakr al-Baghdadi.
Em árabe, o porta-voz da família de Sotloff, Barak Barfi, acusou o EI de ferir as leis islâmicas. "O mês do Ramadan é o mês da misericórdia. Onde está a sua? Wayluk'", disse Barfi, usando uma palavra árabe que significa grande pecado. "Estou aqui para discutir com gentileza. Não tenho uma espada na mão e estou pronto para sua resposta", disse o porta-voz, que citou alguns trechos do Corão, o livro sagrado do islã. "Não esqueceremos", afirma o trecho final da mensagem.
Cameron não descarta ataques aéreos
No País de Gales para o encontro dos membros da Otan, que começa nesta quinta-feira (4), o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, afirmou que está liderando as tentativas para resgatar David Cawthorne Haines, britânico que é refém do EI.
O premiê britânico revelou que contatos com o grupo jihadistas foram feitos, mas que um pagamento de resgate está fora de questão. O premiê não descarta, porém, iniciar ataques aéreos em posições do EI, assim como faz os EUA.
"É importante, porém, que estes interventos ocidentais não sejam feitos sobre a cabeça daqueles que, em nível local, estão procurando combater o EI e não seja feito contra demandas e atividades de parceiros regionais", explicou Cameron, descartando a possibilidade de cooperar com o regime de Bashar Al Assad, presidente da Síria, que se dispôs a ajudar no combate ao EI.
"Al Assad faz parte do problema e não á solução", afirmou Cameron, que acredita não serem ilegais ataques aéreos contra os jihadistas em território sírio, sem a aprovação de Al Assad. Cameron declarou que "de um modo ou de outro", o britânico jihadista, suspeito de ter decapitado Sotloff e James Foley, irá enfrentar a Justiça. A Grã-Bretanha estuda se vai fornecer armas às forças curdas e até enviar tropas próprias ao Oriente Médio.
Com informações da ANSA.