Ferguson divulga e-mails racistas de ex-funcionários

O subúrbio de St. Louis viveu meses de distúrbios no ano passado após um policial branco matar um adolescente negro desarmado

4 abr 2015 - 12h32
(atualizado às 14h24)
<p>Americanos protrestam contra a morte de um jovem negro em Ferguson em 2014</p>
Americanos protrestam contra a morte de um jovem negro em Ferguson em 2014
Foto: Jason Redmond / Reuters

Autoridades de Ferguson, no Estado norte-americano do Missouri, divulgaram o conteúdo completo de e-mails racistas e religiosamente insensíveis, incluindo sobre o presidente Barack Obama, trocados entre uma ex-oficial de Justiça da cidade e dois ex-supervisores de policiais.

O subúrbio de St. Louis foi revolvido em meses de distúrbios após um policial branco disparar um tiro fatal em um adolescente negro desarmado.

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Embora datem de anos anos antes do episódio, os e-mails estavam entre provas apresentadas pelo Departamento de Justiça em um relatório em março que concluiu que havia racismo no Departamento de Polícia de Ferguson.

As versões não editadas mostram pela primeira vez quais funcionários enviaram quais e-mails.

Os e-mails foram liberados para o Washington Post na noite de quinta-feira em resposta a uma solicitação por registros públicos.

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Eles foram recebidos e enviados por Mary Ann Twitty, que era escrevente do tribunal de Ferguson, assim como pelo ex-capitão da polícia de Ferguson Rick Henke e pelo ex-sargento da polícia William Mudd.

Todos os três foram removidos de seus postos de trabalho depois que o Departamento de Justiça descobriu os e-mails, o que desencadeou uma investigação por autoridades da cidade. Os três não fizeram nenhum comentário desde que deixaram seus empregos.

Vários e-mails davam foco a Obama, com a maioria falando depreciativamente sobre o presidente dos EUA ou de minorias de forma mais ampla.

Em uma mensagem datada de 19 de abril de 2011, Twitty encaminhou uma mensagem intitulada "Foto Muito Rara", que comparava Obama a um macaco.

O prefeito de Ferguson, James Knowles, condenou os e-mails quando o relatório do Departamento de Justiça foi divulgado.

"Estas ações tomadas por esses indivíduos não representam de modo algum os trabalhadores da cidade de Ferguson."

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