Human Rights Watch diz que Obama não fez o bastante em reforma da NSA

21 jan 2014 - 08h36

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não fez o bastante ao reformar as atividades de monitoramento da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e continua a violar o direito à privacidade dos cidadãos, disse à Reuters o chefe da Human Rights Watch.

Obama anunciou na sexta-feira um veto ao monitoramento de líderes de países aliados e o início da redução à vasta coleta de dados telefônicos de cidadãos norte-americano, na tentativa de reafirmar nacional e internacionalmente que os EUA vão levar em conta a questão da privacidade levantada pelos vazamentos do ex-prestador de serviço da NSA Edward Snowden.

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"Tudo que Obama nos ofereceu são algumas garantias vagas de que as comunicações das pessoas serão ouvidas somente se houver um interesse nacional em jogo, o que é um padrão bastante confuso", disse Kenneth Roth, diretor-executivo da organização com sede em Nova York, em entrevista em Berlim.

"Não houve um reconhecimento de que não norte-americanos fora dos Estados Unidos têm o direito à privacidade de suas comunicações, ... e que todo mundo tem o direito de não ter suas comunicações eletrônicas despejadas em um computador do governo", acrescentou.

Roth disse que não há nenhuma prova de que a coleta de comunicações em massa fez qualquer diferença para a segurança.

Em seu relatório global, a HRW disse que há o risco de que governos respondam aos Estados Unidos fazendo com que os dados das pessoas permaneçam em seus próprios países, o que pode resultar numa censura maior da Internet.

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