Júri popular de NY processa policial que matou jovem negro

Júri do Brooklyn encontrou evidências suficientes para processar o policial Peter Liang pela morte de Akai Gurley

10 fev 2015 - 20h12
(atualizado às 20h46)
O funeral de Akai marcou novos protestos e indignação por violência contra negros nos EUA
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Foto: Brendan McDermid / Reuters

Um júri popular de Nova York decidiu processar um policial que matou um jovem negro nas escadarias escuras de um conjunto habitacional do Brooklyn (sudeste), noticiaram veículos locais nesta terça-feira (10).

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A decisão ocorre dois meses depois de jurados populares terem exonerado oficias brancos que mataram cidadãos negros, um no Missouri (centro-sul) e outro em Nova York, provocando uma onda de protestos em todo o país por discriminação racial da polícia.

Segundo o jornal Daily News e as emissoras NBC e NY1, o júri do Brooklyn encontrou evidências suficientes para processar o policial Peter Liang pela morte de Akai Gurley, de 28 anos, em 20 de novembro passado.

As acusações contra o policial não foram detalhadas.

O promotor do Brooklyn, Ken Thompson, não quis confirmar a informação, mas convocou uma coletiva de imprensa para a quarta-feira. Thompson assegurou que o resultado das deliberações do júri não podiam ser divulgadas até o momento.

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Aka Gurley não estava armado quando foi morto com um tiro pelo oficial novato asiático-americano e no dia seguinte ao fato, o chefe da polícia de Nova York, Bill Bratton, admitiu que a vítima era "totalmente inocente".

Segundo a versão da polícia, dois oficiais patrulhavam o conjunto habitacional e estavam em escadarias totalmente às escuras quando cruzaram com Gurley, que estava ali, acompanhado da namorada.

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Um dos policiais atirou, aparentemente de forma acidental, segundo Bratton, e acertou a vítima no peito.

O caso teve uma repercussão menor do que outros dois anteriores, registrados no fim de 2014.

Em 24 de novembro, um júri resolveu não acusar um policial branco pela morte de Michael Brown, um jovem negro de 18 anos, morto em Ferguson (Missouri, centro) em um episódio confuso em agosto passado, o que provocou protestos violentos.

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Em Nova York, o fato despertou uma onda de indignação foi a exoneração do policial branco Daniel Pantaleo, acusado da morte de Eric Garner, um homem negro de 43 anos, durante uma violenta detenção em 17 de julho.

Em meio às tensões raciais em todo o país, dois policiais nova-iorquinos, Rafael Ramos e Wenjian Liu, foram mortos a tiros em 20 de dezembro, em plena luz do dia, quando estavam sentados em seu carro-patrulha por um homem que em seguida se suicidou e que quis vingar as mortes de Brown e Garner.

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