O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou que as armas nucleares do país sejam preparadas para entrar em funcionamento "a qualquer momento" e colocou seu Exército de prontidão.
Segundo a agência sul-coreana Yonhap, o líder disse que vai "rever" sua postura militar para estar pronto para realizar "ataques preventivos", indicando que a situação na península está cada vez mais precária. Imediatamente após a divulgação da notícia, o Pentágono afirmou seguir "com atenção" o episódio e pediu para Pyongyang evitar "provocações".
A movimentação de Kim Jong-un acontece pouco mais de um dia depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) ter aprovado as sanções mais duras contra a Coreia do Norte em duas décadas.
As medidas são resultado de sete semanas de negociações entre Estados Unidos e China, tradicional aliada de Pyongyang, e foram chanceladas por unanimidade pelos 15 membros do órgão. O objetivo é adotar ações concretas para punir o regime norte-coreano pelos seus recentes testes nucleares e de mísseis.
As sanções incluem a inspeção obrigatória de todas as cargas que entrarem e saírem do país asiático em navios ou aviões, o veto à venda de armas de pequeno calibre a Pyongyang e a expulsão de todos os diplomatas norte-coreanos condenados por "atividades ilegais".
No início de fevereiro, sob protestos da ONU, a Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance com a justificativa de colocar em órbita um satélite de observação terrestre. No entanto, suspeita-se que o país tenha usado esse argumento como desculpa para realizar mais um teste de mísseis. A Casa Branca chamou a ação de "provocatória".
Além disso, em janeiro passado, o regime de Kim Jong-un já havia realizado um exercício nuclear com uma suposta bomba de hidrogênio, que é até 50 vezes mais potente que os explosivos atômicos de urânio.