Milhares protestam contra morte de jovem negro em St. Louis

Confrontos iniciaram depois da morte de um jovem de 18 anos, desarmado, baleado por um policial no sábado

11 ago 2014 - 12h02
(atualizado às 12h03)
<p>Uma loja de conveniência  pegou fogo no domingo, 10 de agosto, em Ferguson, Missouri, durante manifestações populares contra a morte de Michael Brown, um jovem de 18 anos, que estava desarmado e teria sido baleado por um policial</p>
Uma loja de conveniência pegou fogo no domingo, 10 de agosto, em Ferguson, Missouri, durante manifestações populares contra a morte de Michael Brown, um jovem de 18 anos, que estava desarmado e teria sido baleado por um policial
Foto: St. Louis Post-Dispatch, David Carson / AP

Manifestantes entraram em confronto com a polícia e saquearam lojas em um subúrbio da cidade americana de St. Louis depois que um policial matou a tiros um adolescente negro desarmado, informou a imprensa local segunda-feira.

Policiais armados com cassetetes lançaram bombas de gás lacrimogêneo e mobilizaram soldados com cães para conter a violência que explodiu na noite de domingo em Ferguson, no estado do Missouri, no centro-oeste do país.

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Mas os policiais rapidamente precisaram de reforços e foi necessário convocar com urgência mais efetivos nas comunidades vizinhas, informou a rede de televisão KSDK 5.

Vídeos publicados pelo jornal St. Louis Post-Despach mostram a loja de conveniência de um posto de gasolina sendo saqueada e incendiada.

Os manifestantes também invadiram uma loja Walmart e estabelecimentos menores e atearam fogo em outros locais.

Várias janelas de carros foram quebradas e lojas foram saqueadas durante as manifestações em St. Louis, EUA, neste domingo, 10 de agosto
Foto: AP

A violência começou depois que uma grande multidão de manifestantes, em sua maioria afro-americanos, se reuniu no domingo para uma vigília no local onde a polícia atirou e matou Michael Brown, de 18 anos, um dia antes.

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As informações sobre a morte de Brown são desencontradas. Uma testemunha identificada como Dorian Johnson afirmou à rede de televisão KMOV News 4 que caminhava com Brown quando um policial os confrontou e sacou a arma.

O policial atirou em Brown, que "se virou e colocou as mãos para cima", disse Johnson.

"Ele começou a se abaixar e o policial ainda se aproximou com a arma na mão e disparou vários outros tiros".

O chefe de polícia do condado de St. Louis, Jon Belmar, declarou em uma entrevista coletiva no domingo que Brown foi morto depois de agredir fisicamente um policial e tentar tomar a sua arma.

Belmar não informou se o agente era branco.

O Post-Dispatch destacou que o incidente traz à tona as tensões entre as forças policiais, majoritariamente brancas, e a comunidade afro-americana.

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A mãe de Brown, Lesley McSpadden, declarou à rede de televisão KMOV que seu filho havia acabado de se formar no ensino médio e planejava ingressar em uma universidade.

"Você sabe como foi difícil fazê-lo permanecer na escola e se formar? Você sabe quantos homens negros se formam? Não são muitos", declarou.

"Porque são rebaixados a este tipo de nível, onde eles sentem que não têm motivo para viver", completou.

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