Militar americano que matou 13 pessoas em base é condenado à morte

28 ago 2013 - 16h25
(atualizado às 17h23)
<p>Nidal Hassan, 42 anos, recebeu sentença de pena de morte</p>
Nidal Hassan, 42 anos, recebeu sentença de pena de morte
Foto: AP

O ex-psiquiatra do Exército americano Nidal Hasan foi condenado à morte nesta quarta-feira pelo assassinato de 13 pessoas em 2009, na base militar de Fort Hood, no Texas, informou a imprensa local.

Reunidos em uma Corte Marcial em Fort Hood, os 13 membros do júri militar tomaram a decisão de forma unânime, após quatro horas de deliberações. Na semana passada, Nidal Hasan havia sido considerado culpado das 45 acusações que pesavam contra ele.

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Uma coronel militar, cujo nome não foi informado, anunciou que o condenado será expulso do Exército e perderá todos os seus benefícios salariais.

Segundo a equipe de advogados que defendia o réu no início, Hasan busca deliberadamente ser condenado à morte. Ao longo do processo, o acusado abriu mão da defesa, recusou-se a convocar testemunhas, não respondeu às declarações de nenhuma das 89 testemunhas citada pela parte demandante, nem entregou elementos que pudessem estabelecer atenuantes. Hasan se limitou a declarar: "Sou o autor dos disparos".

Ele é o primeiro militar condenado à morte desde 2005, quando o ex-sargento Hasan Akbar foi sentenciado por ter matado dois soldados durante um ataque com granadas e disparos no Kuwait, em 2003. Uma apelação por problemas psiquiátricos continua em curso.

Se Nidal Hasan for executado, será a primeira execução de um militar nos últimos 52 anos, segundo o jornal "The New York Times". As execuções de soldados nos Estados Unidos são pouco frequentes e necessitam da aprovação do presidente.

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O acusado é considerado um "lobo solitário" da rede Al-Qaeda. Ele admitiu, reiteradamente, que matou 12 militares e um civil, além de ter feridos dezenas de pessoas em Fort Hood, em 5 de novembro de 2009. Seu objetivo era impedir que soldados participassem das guerras do Afeganistão e do Iraque, as quais Hasan considera ilegais.

O promotor militar Steven Henricks disse que Hasan, que seria enviado para o Afeganistão, pensava em cumprir "seu dever de matar (em nome da) Jihad".

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