Chester Nez, um dos 29 índios navajos que criaram um código de comunicação que os japoneses jamais conseguiram decifrar durante a Segunda Guerra Mundial, morreu na quarta-feira, aos 93 anos, na cidade de Albuquerque, Estado americano do Novo México
"O poder de nossa língua foi compartilhado com o mundo durante a Segunda Guerra Mundial, quando os primeiros 29 'code talkers' se ofereceram como voluntários. Infelizmente, perdemos o último sobrevivente dessos 29 homens, Chester Nez, que morreu enquanto dormia", afirmou o presidente da nação Navajo, Ben Shelly.
O cabo Chester Nez foi um dos 29 navajos recrutados pelo Corpo de Marines em maio de 1942 para desenvolver uma linguagem cifrada para as comunicações no campo de batalha, baseando-se no idioma navajo.
Depois participou nas batalhas do Pacífico, em Guadalcanal, Guam, Peleliu e, inclusive, Bougainville.
"Estou muito orgulhoso de dizer que os japoneses fizeram de tudo para decifrar o código, mas jamais conseguiram", declarou Chester Nez no ano passado ao jornal militar Stars and Stripes.
"Os 'code talkers' navajos fizeram uma contribuição inestimável no Pacífico durante a Segunda Guerra", afirmou o coronel David Lapan, porta-voz dos Marines.
No total, 400 índios norte-americanos participaram nos combates no Pacífico como "Code talkers".