Uma viga de aço em forma de cruz retirada dos destroços do World Trade Center, em Nova York, dias depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, poderá ser exposta no Museu Nacional e Memorial, dedicado à ocasião, determinou uma corte de apelação dos Estados Unidos nesta segunda-feira.
Em 2011, um grupo ateu processou o museu e a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey na tentativa de impedir a exibição alegando inconstitucionalidade, com o argumento de que a cruz é um símbolo religioso que não tem lugar em uma instituição patrocinada pelo governo.
Em 2013, a juíza distrital Deborah Batts recusou a ação civil, e uma comissão de três juízes da Segunda Corte de Apelação dos EUA manteve sua decisão por unanimidade nesta segunda-feira.
“Como questão legal, o histórico insta a conclusão de que o objetivo real dos apelados ao exibirem A Cruz do Marco Zero sempre foi secular: recontar a história dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e suas consequências”, escreveu a juíza Reena Raggi em nome da corte.
Os socorristas desencavaram as vigas entrecruzadas dois dias depois dos ataques. A cruz rapidamente se tornou um símbolo para centenas de pessoas, algumas das quais compareceram a cerimônias religiosas diante dela.
Atualmente ela está no Museu Nacional e Memorial 11 de Setembro, que abriu ao público em maio.
Um advogado do grupo sem fins lucrativos American Atheists, que apresentou a ação, não retornou de imediato um pedido de comentário.