No Afeganistão, Obama promete 'fim responsável' da guerra

"No fim deste ano, os afegãos vão assumir totalmente a responsabilidade por sua segurança", disse o presidente norte-americano

25 mai 2014 - 17h43
(atualizado às 17h46)
<p>Barack Obama segurou as mãos de membros de tropas norte-americanas, em visita surpresa ao Afeganistão</p>
Barack Obama segurou as mãos de membros de tropas norte-americanas, em visita surpresa ao Afeganistão
Foto: Reuters

Em visita surpresa ao Afeganistão, o presidente americano, Barack Obama, prometeu dar um "fim responsável" à mais longa guerra dos Estados Unidos até o fim de 2014.

"Para muitos de vocês, essa será a minha última visita ao Afeganistão. E no fim deste ano, a transição estará completa e os afegãos vão assumir totalmente a responsabilidade por sua segurança e nossa missão de combate estará terminada. A Guerra dos Estados Unidos no Afeganistão chegará a um fim responsável", afirmou Obama diante de uma multidão de soldados americanos.

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Obama deixou os Estados Unidos na noite de sábado e aterrisou neste domingo na base aérea de Bagram, nas imediações da capital afegã, Cabul. A viagem foi mantida sob sigilo pela Casa Branca.

A visita ocorre um dia antes do 'Memorial Day', quando os americanos recordam as tropas que morreram a serviço do país.

Não há previsão de nenhum encontro oficial entre Obama e o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai.

Até o final deste ano, tropas internacionais devem se retirar do país.

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Os Estados Unidos, por outro lado, planejam permanecer em território afegão por mais tempo, mas com um número reduzido de soldados, para treinar as forças de segurança locais.

Atualmente, há 33 mil militares americanos servindo no Afeganistão, comparado a 100 mil de 2011, quando o conflito completou dez anos. O objetivo é reduzir para menos de 10 mil o número de soldados no país.

O plano, entretanto, dependerá do próximo presidente do Afeganistão, que deve ser eleito no mês que vem. Caberá ao novo ocupante do cargo decidir se quer ou não assinar um acordo de segurança bilateral que Karzai se recusa a firmar.

Nas últimas semanas, ataques coordenados pelo grupo Talebã vem ocorrendo com maior frequência.

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