A cidade de Nova York reforçou nesta segunda-feira as medidas de segurança em sinagogas, escolas e centros judaicos, após o ataque contra um colégio em Toulouse, no sul da França, no qual morreram três crianças e o pai de duas delas.
"Como medida de precaução, a polícia de Nova York reforçou sua presença em vizinhanças judaicas e suas instituições", afirmou o porta-voz do departamento, Paul Browne, que esclareceu não haver ameaça específica de ataques similares na cidade.
A segurança foi reforçada em pontos como a sinagoga de Park East, o templo Emanu-El, no bairro Upper East Side, a sede da Missão de Israel na ONU, a Universidade Yeshiva e o Seminário Teológico Judeu de Nova York, segundo a cadeia norte-americana CBS.
"Não pode haver nenhuma justificativa ou desculpas para um crime bárbaro, brutal e tão cheio de ódio", afirmou em comunicado de imprensa Abraham Foxman, diretor nacional da Liga Antidifamação, organização com sede em Nova York.
Foxman, que lembrou que a comunidade judaica de Toulouse já havia sido alvo de ataques no passado e pediu ao governo francês que não poupe esforços "para levar os assassinos a julgamento".
No atentado foram mortos um professor da escola e seus dois filhos, além da filha do diretor da instituição. Também foram registrados vários feridos.
Segundo autoridades francesas, o assassino chegou em uma moto, na qual também fugiu, e aparentemente usou duas armas, uma das quais levava munição do mesmo calibre da utilizada para matar um militar no último dia 11 em Toulouse, e a outros dois na cidade vizinha de Montauban.
O promotor de Toulouse, Michel Valet, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o ministro do Interior, Claude Guéant, expuseram as semelhanças entre os três fatos, mas, o próprio Sarkozy frisou que é "cedo demais" para tirar qualquer conclusão.