O número de mortos no incêndio que destruiu na última sexta-feira um armazém que recebia um show em Oakland, nos Estados Unidos, subiu de nove para 24.
O sargento Ray Kelly, auxiliar do xerife do condado de Alameda, confirmou o número de vítimas em entrevista coletiva neste domingo e alertou que pode haver mais mortos porque muitas pessoas ainda estão desaparecidas.
As chamas começaram antes da meia-noite de sexta-feira no bairro de Fruitvale, em Oakland, na Califórnia, em um grande edifício que abrigava estúdios de artistas e no qual estavam dezenas de pessoas para um festival de música eletrônica.
O fogo fez com que parte do teto do armazém desabasse, complicando os trabalhos das equipes de resgate, que passaram a madrugada tentando localizar sobreviventes nos escombros.
A responsável pelo Corpo de Bombeiros de Oakland, Melinda Drayton, disse que apenas 20% do armazém foi vistoriado. "A busca pelos desaparecidos está sendo silenciosa e dilaceradora", disse.
As autoridades confirmaram que a maior parte das vítimas do incêndio é jovem. Entre eles também há estrangeiros.
Antes do incidente, os moradores da região já tinham reclamado várias vezes sobre o edifício, especialmente em relação à acumulação de lixo, revelou ontem o vereador do distrito, Noel Gallo.
Mais de 70 bombeiros foram acionados para apagar o fogo, que durou cerca de quatro horas. O incidente é considerado o mais grave de Oakland desde 1991, quando 25 pessoas morreram em um incêndio que começou nas colinas da cidade e arrasou milhares de casas.